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quarta-feira, 18 de março de 2020

Pandemia do coronavírus: a culpa é do Partido Comunista Chinês

A culpa pela pandemia de Coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês. E se você ainda tem alguma dúvida a esse respeito, precisa dar uma lida nessa thread.




1. De acordo com oficiais chineses, o primeiro caso de COVID-19 aconteceu no dia 17/11/19 e o primeiro indivíduo a testar positivo para a doença apresentava sintomas em 8/12/19. Segundo o The Lancet, o paciente zero foi exposto ao vírus no dia 1/12/19.


2. A falta de condições sanitárias de um mercado de animais silvestres em Wuhan, prática comum num país que não oferece segurança alimentar, foi fundamental para o surto. Só depois do SARS-CoV-2, tardiamente, o governo chinês prometeu acabar com a prática. 


3. Um artigo publicado em 2007 por médicos de Hong Kong já alertava que havia reservatório de coronavírus em morcegos e que o hábito do sul da China de "comer mamíferos exóticos" era uma "bomba relógio".
Mas essa bomba não se resume à vigilância sanitária.


4. A China é uma ditadura sem liberdade de expressão, de imprensa, política e religiosa, com ativistas de direitos humanos reiteradamente presos, torturados e condenados a campos de trabalho forçado. Foi nesse país que o SARS-CoV-2 se espalhou. 


5. Em 2002, as informações sobre um outro coronavírus, o SARS-CoV, foram reprimidas pela ditadura chinesa, condenando centenas de pessoas à morte. Tardiamente, o Partido Comunista admitiu os erros e demitiu o ministro da Saúde e o prefeito de Pequim. 


6. Como a preocupação de ditaduras é com a estabilidade do regime, e não com o bem-estar da população, sem enfrentar grandes resistências, o governo chinês teve com o SARS-CoV-2 os mesmos incentivos para novamente negligenciar uma pandemia de coronavírus. 


7. No dia 30 de dezembro, quando a COVID-19 adoeceu 7 pacientes em um hospital de Wuhan, e um médico, Li Wenliang, tentou avisar outros médicos, a polícia chinesa o obrigou a assinar uma declaração de que seu aviso constituía "comportamento ilegal". 


8. Li Wenliang e outros sete médicos de Wuhan foram obrigados a assinar um documento admitindo "espalhar mentiras". Isolado no trato de seus pacientes, sem amparo oficial, Li acabou contraindo coronavírus e falecendo, aos 34 anos. 


9. Entre o início de dezembro e 19 de janeiro, o Partido Comunista Chinês minimizou o surto a um problema local, limitado a um pequeno número de clientes de um mercado de Wuhan. Qualquer que fosse a causa da doença, "não era nada parecido com SARS". https://www.scmp.com/news/hong-kong/health-environment/article/3044723/six-more-hong-kong-patients-hospitalised-over 


10. Ainda em 26 de dezembro, um técnico de um laboratório contratado por hospitais disse que sua empresa recebeu amostras de Wuhan e chegou a uma conclusão impressionante: as amostras continham um novo coronavírus com uma similaridade de 87% com a SARS.


11. No dia 24 de dezembro, uma amostra do SARS-CoV-2 retirada de um paciente foi enviada a um laboratório para o sequenciamento do genoma. Os resultados estavam prontos 3 dias depois, mas as autoridades de Hubei ordenaram que as amostras fossem destruídas. 


12. Em janeiro, a polícia ainda controlava as informações, tratando o coronavírus como um boato. Em Wuhan, esse era o discurso oficial:
"A polícia apela a todos os internautas para não fabricarem rumores, não espalharem rumores, não acreditarem em boatos". 


13. Cabe lembrar que o Partido Comunista promove o maior ato de restrição à liberdade de expressão da História. 50 mil censuradores participam do processo de controle da internet no país, conhecido como o Grande Firewall da China.


14. Na China, são oficialmente proibidos serviços como Gmail, Google, Facebook, Youtube, Wikipedia, Reddit, Instagram, Twitter e WhatsApp. Como o governo monitora os aplicativos permitidos, controla todo o conteúdo online e o tráfego de informações. 


15. O Partido Comunista também controla todas as redações de jornal do país. Segundo a Reporters Without Borders, em 180 países listados, a China é o 177º em liberdade de imprensa. Não há acesso no país à BBC, NYT, The Guardian, WSJ, Reuters, TIME, NBC... https://rsf.org/en/ranking_table 

16. Controlando a internet e os veículos de imprensa, o Partido Comunista Chinês não teve qualquer dificuldade em atrapalhar o fluxo de informações da população sobre o coronavírus, colaborando ativamente para que o surto se transformasse numa pandemia.


17. Li Wenliang, o médico whistleblower do início dessa thread, só foi liberado da prisão em 3 de janeiro, depois que assinou um documento assumindo a prática de "atos ilegais". Li contou à CNN que sua família se preocuparia se ele perdesse a liberdade. 


18. Outro médico, Wang Guangbao, admitiu mais tarde que a especulação sobre um vírus semelhante à SARS era forte nos círculos médicos no início de janeiro, mas que as detenções dissuadiram muitos, inclusive ele próprio, de falar abertamente a respeito. 


19. Em fevereiro, dois jornalistas chineses, Fang Bin e Chen Qiushi, desapareceram depois de trabalharem na cobertura do coronavírus em Wuhan e denunciarem as supressões de informações do governo. Qiushi entrou no topo da lista da One Free Press Coalition.


20. A China só declarou emergência em 20 de janeiro. Quando Wuhan foi isolada três dias depois já era tarde: o vírus estava sendo espalhado por todo país, levado pelos 400 milhões de chineses que se preparavam para viajar para comemorar o Ano Novo Lunar.


21. Durante quase 2 meses, enquanto o vírus se alastrava, o Partido Comunista Chinês aprisionou e intimidou médicos e jornalistas, controlou o fluxo de informação, minimizou os riscos do surto, não ampliou leitos de UTI, nem combateu mercados silvestres. 


22. Xi Jinping, presidente da China, comentou publicamente pela primeira vez sobre a SARS-CoV-2 apenas no dia 20/01, mas já no dia 7/01, 13 dias antes, durante uma reunião do partido, ele admitiu, num discurso interno, conhecimento "do novo coronavírus". 


23. Nesses 13 dias, enquanto negava o surto, o Partido Comunista organizou duas grandes reuniões em Hubei e reuniu mais de 40 mil famílias num banquete em massa em Wuhan, na tentativa de bater um recorde mundial. Xi Jinping poderia ter evitado a pandemia. 


24. Apenas no dia 4 de fevereiro, assim como com a SARS em 2002, o Partido Comunista Chinês admitiu as “deficiências e dificuldades na resposta à epidemia”, e prometeu "melhorar nossas habilidades em lidar com tarefas urgentes e perigosas".


25. Mesmo dois meses depois do surto começar, depois da OMS pedir repetidamente às autoridades chinesas dados sobre a saúde dos profissionais médicos de Wuhan, o governo chinês ainda tinha dificuldade em ser transparente com a comunidade internacional. 


Repetindo as trapalhadas do Politburo soviético no acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, o Partido Comunista Chinês é o grande responsável por negligenciar um surto então local, reiteradamente ignorado pelas autoridades, transformando o novo coronavírus numa pandemia global.

Reprisando os erros da SARS em 2002, a ditadura chinesa deixou o mundo novamente à mercê de seus caprichos, pagando por suas irresponsabilidades, sem nenhuma garantia de que seja capaz de combater exemplarmente novos surtos nos próximos anos, dizimando populações inteiras.

E é exatamente por isso que a culpa pelo novo coronavírus tem nome e sobrenome, e que é tão importante responsabilizar os autores políticos dessa pandemia.

Inúmeras pessoas inocentes morrerão nas próximas semanas graças à ineficiência de uma ditadura.

A História será implacável.