segunda-feira, 27 de junho de 2016

Você não precisa de um e-mail em seu currículo. Você precisa estar disposto a vender tomates..."


Tem aquela história do rapaz que estava desempregado saiu para procurar emprego com diversos currículos em uma pasta. Em todos os lugares que passava percebia que todos que recebiam o currículo ou que lhe entrevistavam perguntavam se ele tinha e-mail e davam uma risadinha no canto da boca. Por fim, já na ultima entrevista do dia, ele não suportou e perguntou ao dono da última loja em que se encontrava qual o motivo da risadinha. - "O motivo é simples,você não colocou aqui o seu e-mail!". Ao que o rapaz surpreso indagou "E-mail?". "Sim, e-mail. Essa é uma informação fundamental caso você for selecionado!". O rapaz foi embora sem entender por que ter um e-mail era tão importante para poder conseguir um emprego. 

No dia seguinte, ao contar o acontecido aos seu pais, eles lhe deram um dinheiro para que ele fosse em uma LAN House e corrigisse o currículo, já que ele não dispunha de computador em casa. Assim fez! Pela manha logo cedo, o rapaz saiu em direção a uma "Lan House" a fim de corrigir o currículo que era motivo de chacota.

Durante o caminho ele passou por uma pequena feira de verduras e frutas e foi tomado por uma forte intuição. Em seguida, nosso protagonista se dirigiu a uma das barracas de tomates e perguntou se o seu proprietário não lhe venderia uma bacia cheia de tomates em um preço mais em conta a fim de que ele pudesse revender os produtos da barraca e ainda assim ganhar algum lucro. 

O dono dos tomates achou interessante a ideia do rapaz e lhe vendeu tomates cerca de 20 por cento mais baratos. De pechincha permitiu que o mesmo levasse a bacia emprestada a fim de que o rapaz vendesse os tomates. E assim foi que o rapaz ao invés de ir com o pouco dinheiro que tinha em uma "lan-house" corrigir seu currículo que era motivo de chacota a fim de poder achar um emprego comprou uma bacia de tomate com a qual trabalhara o dia inteiro vendendo tomate e a cada bacia que levava cheia do alimento voltava com as mão abanando a ponto que ao fim do dia o dono da barraca o convidou para vir no dia seguinte, e no outro, e no outro, e na semana seguinte, e assim foi durante o mês inteiro. 


Nosso personagem já não mais usava apenas uma bacia, mas um pequeno carro de mão cedido pelo dono da barraca onde revendia agora não somente tomates, mas pimentões, cebola, bananas etc, sendo o carrinho de mão logo substituído por uma bicicleta nova com um cesto na frente, com freguesia certa e de rápida liquidação. O rapaz já não contia em si de alegria. Lembrou-se da época que a pouco tempo estava desempregado e que agora parecia ter encontrado porto seguro. Certo dia, o dono da barraca chegou e disse que não poderia mas ficar com a barraca por que iria se mudar para o interior e que não poderia mas fornecer-lhe os produtos. Nosso amigo desabou! - "Desempregado de novo?", dizia. 

No dia seguinte quando foi na barraca despedir-se já não encontrou mais o senhor dono da mesma mas uma bacia de tomate vazia com um bilhete aberto dizendo:-"A barraca é sua e o ponto é seu! Você mostrou seu valor e fez por merecer!". O jovem se entregou aos prantos e logo abriu a barraca expondo seus produtos que os fornecedores costumavam entregar logo cedo. 

Continuou fazendo entregas a domicilio e logo mudou de uma barraca para um ponto comercial que se fez quitanda e em seguida um pequeno mercadinho. Um mercadinho médio. Um mercadão. Depois abriu um entreposto para suas mercadorias e se transformou em um grande distribuidor de mercadorias e de frutas na região. Nosso rapaz dessa história cresceu muito como empresário, se casou, teve filhos, netos e uma vida repleta de amor, trabalho, saúde e felicidade.
 

Certo dia enquanto passava em frente ao setor de recursos humanos de um dos seus supermercados ouviu o chefe do setor de entrevistas falar ao candidato que estava a sua frente "Mas o seu currículo está errado, não tem e-mail nem número de celular, como vamos entrar em contato com você caso você seja selecionado?". Imediatamente nosso personagem parou. Deu uns passos para trás até voltar a porta da sala aberta. O entrevistador prontamente gelou, levantando-se e teceu um sorriso pálido saudando o grande empresário. -"Qual o seu nome?" perguntou ele ao rapaz, que respondeu imediatamente. -"Então você não colocou seu e-mail no currículo?" ao que o rapaz respondeu timidamente "Não senhor, me perdoe!". -"Onde está seu currículo?" perguntou de novo sendo imediatamente atendido com o currículo em suas mãos. 

Ele leu o curriculo do rapaz, deu um breve sorriso no canto da boca, rasgando-o logo em seguida dizendo: "Se você quiser trabalhar na minhas empresas você não precisa de um currículo rebuscado e muito menos com e-mail ou telefones. Mas, para trabalhar na minha empresa você estaria disposto a vender tomates em uma bacia plástica?". O jovem não entendeu nada mas foi tomado de forte intuição e respondeu: "Sim Senhor!". -"Então venha amanhã que o emprego é seu!"

Você não precisa de e-mail, de smartphone, de dinheiro ou fortunas. Você precisa estar disposto a vender tomates em uma bacia plástica.

Você precisa de atitude!

"Namastê!"

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