quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A insustentável leveza da amizade...



 
Carlos Almeida

Há pessoas que usam amigos como moeda corrente. Pessoas que se referem aos amigos como se bancos fossem sempre se referindo a eles como possibilidades potenciais de adquirirem suas benesses. E muitos as adquirem.

Mas enfim, o que é amigo?

A pessoa que ocupa sua vaga no estacionamento do prédio porque te conhece não é seu amigo. A pessoa que te liga anunciando que conseguiu sua consulta médica por que um paciente que tinha consulta marcada naquele horário, mas faltou, desde que você não prejudique outros que estão na fila de espera, é seu amigo. Uma pessoa que vê sua namorada ou seu namorado te traindo e não te conta, não é seu amigo. Uma pessoa coloca o carro no passeio de sua casa por que lhe conhece, não é seu amigo. Uma pessoa que te liga por que está acontecendo uma promoção de chip para celulares e que já comprou um pra você, é seu amigo. Um vizinho que usa o espaço do seu passeio particular para fins comerciais dele, definitivamente, não é seu amigo.

Há amigos e amigos, mas o fato é que muitos se aproveitam de conhecer o outro para deles adquirir vantagens para si mesmo. Isso foge a lógica intrínseca da amizade. Vejam os políticos que se dizem ser amigos somente quando na época de eleições e que depois te esquecem Por que a amizade é antes de qualquer coisa, altruísta. É mais ou menos como o amor. Não se ama ou pelo menos não se deveria amar, uma pessoa por que ela é rica, famosa, bonita. A amizade também não.

“Usar as coisas, amar as pessoas”... Lembram?



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