Reproduzo matéria do Portal R7 em função da gravidade do conteúdo da mesma e em função de presenciar o que está sendo tratado na reportagem diariamente!
Alunos usam celulares para registrar confrontos e divulgar pela internet
Alunos usam celulares para registrar confrontos e divulgar pela internet
Um lugar que deveria ser sinônimo de busca pelo conhecimento e
segurança está se tornando em cenário para cenas de violência. Escolas
em diversas regiões do País se transformam em palco para brigas entre
estudantes.
A internet e as câmeras de celulares se transformaram em ferramentas de
fomento e de divulgação de confronto entre adolescentes. Com os
telefones, os estudantes registram as brigas e usam portais de vídeos
para divulgar as cenas captadas. Armas de fogo já aparecem em pelo menos
três casos recentes.
Um dos alunos entrevistados pela reportagem do Jornal da Record
informou ter visto uma briga dentro da escola em que um dos envolvidos
portava um soco inglês. Segundo o adolescente, que teve a identidade
preservada, o rapaz quebrou o nariz do colega, que teve de ser levado ao
hospital.
Em uma escola do interior da Bahia, uma brincadeira normal entre estudantes deixou sequelas. Um dos garotos, de apenas 11 anos, escreveu o nome de um colega no caderno de uma menina da classe.
A reação do colega nocauteou o menino. Ele foi atingido no rosto por um soco. A pancada deslocou o maxilar e o deixou desacordado. Ele teve de passar por duas cirurgias, perdeu quatro kg e ficou afastado da escola.
Em uma escola do interior da Bahia, uma brincadeira normal entre estudantes deixou sequelas. Um dos garotos, de apenas 11 anos, escreveu o nome de um colega no caderno de uma menina da classe.
A reação do colega nocauteou o menino. Ele foi atingido no rosto por um soco. A pancada deslocou o maxilar e o deixou desacordado. Ele teve de passar por duas cirurgias, perdeu quatro kg e ficou afastado da escola.
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Em Minas Gerais, um estudante que se disse alvo de bullying decidiu por um fim às brincaderas. A atitude poderia ter causado uma tragédia. Ele decidiu levar a arma do pai à escola para assustar um dos colegas, que o incomodava mais que os outro.
Ele aguardou por alguns minutos, em um corredor, a chegada do colega. Ao vê-lo, fez o disparo. Imagens registradas pela câmera de segurança da escola mostram os colegas tentando fugir do alcance do aluno.
A cena se repetiu em uma escola de Lauro de Freitas, na Bahia. Por volta das 7h, a vítima conversava com uma funcionária da escola próximo à entrada, quando um colega tirou uma arma da mochila e fez cinco disparos. O baleado foi socorrido às pressas. O pai da vítima, Elísio Jesus da Cruz, ficou indignado.
— Me sinto inseguro. Onde esse garoto arrumou essa arma? O meu não conseguiria. Nem tenho arma em casa.
O problema não atinge apenas escolas da rede pública. Um estudante também usou uma arma de fogo para, segundo ele, se proteger da agressão de colegas.
Em Minas Gerais, um estudante que se disse alvo de bullying decidiu por um fim às brincaderas. A atitude poderia ter causado uma tragédia. Ele decidiu levar a arma do pai à escola para assustar um dos colegas, que o incomodava mais que os outro.
Ele aguardou por alguns minutos, em um corredor, a chegada do colega. Ao vê-lo, fez o disparo. Imagens registradas pela câmera de segurança da escola mostram os colegas tentando fugir do alcance do aluno.
A cena se repetiu em uma escola de Lauro de Freitas, na Bahia. Por volta das 7h, a vítima conversava com uma funcionária da escola próximo à entrada, quando um colega tirou uma arma da mochila e fez cinco disparos. O baleado foi socorrido às pressas. O pai da vítima, Elísio Jesus da Cruz, ficou indignado.
— Me sinto inseguro. Onde esse garoto arrumou essa arma? O meu não conseguiria. Nem tenho arma em casa.
O problema não atinge apenas escolas da rede pública. Um estudante também usou uma arma de fogo para, segundo ele, se proteger da agressão de colegas.
Com apenas 13 anos, o menino atirou contra o peito de um colega dois
anos mais velho dentro do banheiro do colégio. A vítima foi levada em
estado grave para um hospital na capital do Estado.
Na delegacia, o adolescente que fez o disparo disse que levou a arma, que era do pai, para se defender, mas afirmou que o tiro foi acidental.
O pai do menino, preso por porte ilgal de armas, disse que nunca havia usado o revóver, que mantinha em um guarda-roupa.
Quando professores viram alvo
Uma estudante ouvida pela reportagem do JR disse já ter presenciado alunos tentando agredir professores. Enquanto alguns ofendem, outros utilizam livros como arma. A violência fez com que o quadro de professores registrasse ausências.
— A gente já perdeu alguns professores aqui da escola exatamente por causa disso.
Richard Araújo, coordenador da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino do Estado de São Paulo) de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, informa que professores estão desistindo de lecionar por conta do salário e das condições apresentadas.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o cenário alimenta a si mesmo a partir dos atos de violência assistidos pelos alunos. E o mais preocupante, na visão da especialista, é a falta de perspectiva de um fim para a situação.
— Isso é um palco que vai se movimentando. Aquele que no momento assiste [ a violência], amanhã pratica. O que hoje é vítima, amanhã pode ser o agressor e depois amanhã, ele pode ser o assistente. O problema disso é que no momento em que começa esse teatro, que é um teatro muito maldoso, a gente não sabe onde vai parar.
Na delegacia, o adolescente que fez o disparo disse que levou a arma, que era do pai, para se defender, mas afirmou que o tiro foi acidental.
O pai do menino, preso por porte ilgal de armas, disse que nunca havia usado o revóver, que mantinha em um guarda-roupa.
Quando professores viram alvo
Uma estudante ouvida pela reportagem do JR disse já ter presenciado alunos tentando agredir professores. Enquanto alguns ofendem, outros utilizam livros como arma. A violência fez com que o quadro de professores registrasse ausências.
— A gente já perdeu alguns professores aqui da escola exatamente por causa disso.
Richard Araújo, coordenador da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino do Estado de São Paulo) de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, informa que professores estão desistindo de lecionar por conta do salário e das condições apresentadas.
Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o cenário alimenta a si mesmo a partir dos atos de violência assistidos pelos alunos. E o mais preocupante, na visão da especialista, é a falta de perspectiva de um fim para a situação.
— Isso é um palco que vai se movimentando. Aquele que no momento assiste [ a violência], amanhã pratica. O que hoje é vítima, amanhã pode ser o agressor e depois amanhã, ele pode ser o assistente. O problema disso é que no momento em que começa esse teatro, que é um teatro muito maldoso, a gente não sabe onde vai parar.
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