segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sobre a formação do caráter e índole

Hoje pela manha não trabalhei aqui no escritório da Spex Tecnologia & Serviços. 

Como me divido com meus afazeres de professor fui aplicar provas de recuperação para os alunos, já que, devido a greve, o ano letivo de 2013 só termina em 23 de Janeiro de 2014. Tudo bem! Entre queixas e lamúrias, revisão de notas e uns tantos alunos achando-se injustiçados por estarem em recuperação (prova final) um fato me chamou a atenção. Quando eu me deslocava para uma das salas uma aluna, novinha, Luana, da 5a Série (6o. ano) me perguntou a respeito de seu irmão que é da 7a. Série (8o ano). 


Depois de haver checado as notas dele confirmei que o mesmo estava sim na final, ela me disse "ô professor, não tem como o senhor dar um jeito não, tipo... passa ele!". Eu falei que não podia e que a escola tem certas normas além do que eu não poderia "criar" notas, ao que ela me respondeu "Ah, então o senhor tira das minhas notas e dá pra ele professor".

 Me emocionei.

 Aquela figura singela, menininha tão pequenina, aplicada e boa aluna, intervindo a favor de seu irmão que não só no desempenho cognitivo mas no comportamental deixava a desejar me fez refletir a respeito da construção e do caráter, da índole da pessoa se forja desde o berço e mesmo havendo consanguinidade, a questão da educação e da formação do caráter e da personalidade transcende a escola. Falei para ela que aquilo era inviável pois as avaliações eram individuais, mas que o gesto dela era louvável, merecedor de parabéns.



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