quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Bom professor é aquele que forma a partir da chamada individualidade "em sí" em direção a individualidade "para sí"


Fonte: Folha de São Paulo http://linkis.com/bit.ly/clPci


Utilizei da fonte contida na reportagem acima para compor este teXtículo. O matemático norte-americano Salman Khan saiu em uma reportagem do ultimo dia 12 de fevereiro na edição digital do Jornal Folha de São Paulo de manchete “Bom professor é o que faz o aluno aprender por sí”.

Detentor das premissas de que não segue nenhum modelo ou teórico da educação como o Piaget, ele se destaca por “prender a tenção dos seus alunos”

Segundo o professor Khan (nome que invariavelmente me remete ao famoso arqui-inimigo do capitão Kirk na saga Jornada nas Estrelas do qual fui fã) o bom professor deve ser antes de qualquer coisa um bom guia.

De nossa parte de fendemos que professor bom é aquele que permite estabelecer nexos críticos com o conhecimento universalizado e referendado humano!

Não basta nascer humano para sê-lo. É necessário permitir acesso ao legado/universalização do conhecimento do que nos torna humanos. O que nos torna humanos é a humanidade dentro de cada um de nós. Essa humanidade não é inata, mas adquirida através do contato com o outro, com a cultura e, em particular, com a Educação.

Entende-se por humanidade o conjunto da espécie humana! Quando se fala em universalização do conhecimento humano não é a universalização do conhecimento de uma ideologia! ou de uma raça! Ou cor! A garantia da universalização do conhecimento é permitir a TODOS enquanto humanos o acesso ao legado da humanidade!Eis o desafio da educação .

Daí a importância de garantir o ensino dos CONTEÚDOS!

Mais um educador que dispensa a importância do acervo construído sócio-historicamente pelo homem em mais um dos modismos progressistas nos moldes das linhas da escola nova e do aprender a aprender, das pedagogias da competências de Philippe Perrenoud.

De acordo com os pressupostos estabelecidos a partir da teoria histórico-crítica e da pedagogia histórico-crítica nos colocamos absolutamente contrários a estas vertentes pós-modernas que escondem e fomentam um modelo perverso e nada construtivo. De nossa parte somos contrários as correntes citadas acima por entendermos que as mesmas são faces diferentes de uma mesma moeda que tem se apropriado do discurso de pedagógicas progressistas mas que ratificam o modelo/modo de produção capitalista e não permitem ao indivíduo uma emancipação em direção a construção de um caráter crítico capaz de estabelecer as relações e os elos de exploração a que foi submetido a classe trabalhadora ao longo do grande percurso feito pela humanidade ao longo dos séculos.
Bom professor é aquele que forma a partir da chamada individualidade "em sí" em direção a individualidade "para sí"

Mais um modismo não! Precisamos é de clareza! Precisamos de uma pedagogia que não fomente muito menos acomode o indivíduo ao modelo vigente, ensinando-o a ser mais um consumidor, ou a ser um bom balconista, ou a ser um bom jornaleiro, ou ensinando-o a ser um bom engenheiro. Precisamos de uma educação que formem seres humanos, que formem pessoas capazes de entender por que em pleno séc. XXI crianças ainda morrem de fome ao redor do mundo a cada minuto. Seres capazes de entender por que 99% das riquezas no planeta Terra estão nas mãos de 1% de outros seres semelhantes a ele enquanto aos outros 99% somente 1% de acesso as riquezas é dado. Indivíduos capazes de entender que além de construir condomínios e casas é importante discutir as questões referentes a grande propriedade, ao latifúndio improdutivo e a outras e novas formas, métodos de aproveitamento de materiais capazes de construir casas para sem tetos. 

Não precisamos de modelos pedagógicos que permitam as apropriações neoliberais na educação. O que precisamos é de modelos pedagógicos ( e daí por que eu ser adepto do modelo do professor Dermeval Saviani e do professor Newton Duarte) que possibilitem um mundo onde se valha a pena viver!

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