País amarga 38.º entre 44 países, de acordo com levantamento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Marcos de Paula/Estadão |
O Brasil decepcionou mais uma vez no Pisa, avaliação internacional que mede competências de alunos em diferentes nações. A educação brasileira
amargou o 38.º lugar em uma lista de 44 países, de acordo com o
resultado divulgado nesta terça-feira, 1.º, pela Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Tradicionalmente voltado para Leitura, Matemática e Ciências,
pela primeira vez o Pisa mediu a capacidade de estudantes de 15 anos em
resolver problemas mais complexos de lógica e raciocínio. No topo do
ranking ficaram países asiáticos como Cingapura, Coreia do Sul e Japão.
Já entre os últimos colocados, estão Uruguai, Bulgária e Colômbia.
O
resultado do Brasil, de 428 pontos, ficou abaixo da média da OCDE, que
era de 500 pontos. O Pisa também mediu distorções regionais nas
habilidades dos estudantes. Enquanto a Região Sudeste do País teve 447
pontos, o Nordeste registrou apenas 393. O Norte teve o pior índice
entre os brasileiros, com 383 pontos, abaixo no ranking global apenas de
algumas regiões dos Emirados Árabes Unidos.
Apesar
do resultado fraco, o desempenho dos alunos brasileiros foi superior ao
que eles mesmo esperavam no teste. As maiores distorções entre a
expectativa e o resultado aconteceram com os estudantes da Bulgária,
Xangai (China) e Polônia, que foram bem abaixo do que imaginavam.
O
teste, que avalia as chamadas habilidades não-cognitivas, mediu a
capacidade de explorar e compreender as informações, pensar
representações gráficas, planejar e executar metas, além de monitorar e
refletir sobre o desempenho. O relatório da OCDE mostrou que o currículo
das escolas e a formação dos professores são essenciais no
desenvolvimento desse tipo de competência.
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