Rui diz que declaração sobre mortes do Cabula foi 'manipulada' e que PMs infratores serão punidos
por Maria Garcia / Luiz Fernando Teixeira
O governador Rui Costa (PT) comentou sobre a repercussão da sua comparação da ação da Polícia Militar com a de um artilheiro após a morte de 12 pessoas em confronto com policiais militares da Rondesp no Cabula neste sábado (14), durante a saída do Ilê Ayê. “Algumas pessoas insistem em recortar uma parte da minha fala e manipular a informação. O que eu quis dizer foi que assim como o jornalista grava pra depois escrever uma matéria, um policial não tem tempo pra decidir, tem que decidir em segundos o que fazer, foi isso que eu quis dizer, o resto é manipulação”, disse Rui Costa. O governador disse que não irá compactuar com excessos por parte dos policiais no trato com os jovens da periferia. “Não vamos passar a mão na cabeça em quem agir errado com bandido, mesmo que esse esteja usando temporariamente a farda da PM”, salientou petista, que voltou a lembrar da morte re 178 jovens em janeira vítimas de traficantes de drogas. “Todos os autos de resistência, sem exceção, serão investigados pela Polícia Militar, serão apurados pela Pericia Técnica e pela Polícia Civil com o acompanhamento do Ministério Público”, afirmou. Rui declarou que solicitou o acompanhamento do MP assim que soube do caso no Cabula e que este está sendo acompanhado. O governador ainda falou da importância do Ilê Ayê para a Bahia e pretende levar experiências similares para o interior do estado. "Minha intenção é fortalecer ainda mais a parceria com as entidades de matriz africana. É preciso ajudar a salvar os jovens a saírem do mundo das drogas e do crime. Esses blocos, com suas atividades culturais e sociais, com suas tradições, com seu poder de atrair as pessoas ao redor de uma mensagem de paz e cidadania, têm grande importância nesse esforço. Vamos levar essa experiência também para o interior, além da capital", afirmou.
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