domingo, 23 de agosto de 2015

Ditador arrogante ou gestor arrojado?

Como definir o perfil do prefeito de Feira de Santana ante os últimos acontecimentos envolvendo o transporte publico do município, em particular a licitação em torno dos direitos de exploração das linhas de ônibus urbanos? Ditador arrogante ou gestor arrojado?

Particularmente não conheço esse senhor pessoalmente e nunca fomos apresentados. Fora a perseguição que recebo de setores da Prefeitura quando a ela faço críticas (multas de trânsito erradas, carros de fiscalização rondando meu escritório de vendas, trotes etc) não tenho nenhuma particularidade muito menos relação com os mesmos. Da última vez que aqui da minha família o procuramos foi no falecimento do meu irmão. Marcada a audiência em seu gabinete através da ex-primeira dama do exmo. ex-prefeito José Falcão, mal deixou minha irmã balbuciar, sacou a folha de cheques dele mesmo e quando achávamos que a prefeitura teria interesse em ajudar no velório pelo conjunto da obra representada pelo meu irmão a cidade de Feira de Santana, o edil tão somente doou R$ 500,00 alegando que a lei de responsabilidade fiscal o proibiria de contribuir de outra forma, o que sabemos é uma grande e ridícula declaração mentirosa a qual não nos ateremos aqui mas que sabemos que a bem da verdade se quisesse poderia ser regimentada dotação orçamentária extra para fins específicos que cobririam as despesas do velório. Pois bem!



Dizem, quem o conhece, que é um sujeito agressivo, arrogante. Que em seu gabinete costuma laurear seus comandados de gritos sonorizados,  não maiores do que as instalações de som automotivo que a sua secretaria do meio ambiente persegue (e corretamente) é verdade, mas que não deixa muito tenor para trás. Trata mal e com ignorância pra não dizer estupidez e não é muito dado a conselhos muito menos que se intrometam em suas ordens. Muito bem!  

Sem ceder a pressão das empresas de ônibus que atuavam no município, muito menos ao sindicato dos motoristas e cobradores e ao sindicato patronal, o prefeito José Ronaldo de Carvalho de forma arrojada surpreendeu a todos ao anunciar que quem vencera a licitação para a exploração do transporte coletivo urbano do município não teria sido as mesmas que já atuavam aqui mas duas outras pertencentes ao Estado de São Paulo. Bastou isso para que as empresas derrotadas que se davam como certas na continuidade, como represália, suspendessem e paralisassem a oferta do serviço no município, fato gerador de inúmeros prejuízos e transtornos ao comercio e ao cidadão comum que precisa e tem nesse tipo de transporte sua única forma de deslocamento e de condução. 



Em vistoria recente feita por órgão de fiscalização, de toda a frota de veículos existentes na empresa que explorava o serviço e que fora derrotada apenas 2 veículos (isso mesmo, 2) foram aprovados. Isso justifica as inúmeras denúncias de descumprimento de horários por parte dos motoristas, de quebras mecânicas nos veículos e do péssimo estado de conservação dos mesmos. Sem falar no destrato e na falta de educação por parte dos motoristas e dos cobradores no que se refere a prestarem um serviço de qualidade, o que inclui respeito, para todos os usuários. Tudo aliás que as empresas que venceram a ultima licitação prometem corrigir e fazer, trazendo ônibus novos, zero quilômetros, cumprimento de horários etc. 

O fato é que a cidade de mais de 500 mil habitantes, a maior do interior do estado da Bahia esta a mais de uma semana sem ônibus. Pessoas inocentes, usuários, cidadãos, eleitores simplesmente estão a ver navios. São vitimas desse imbróglio todo do qual não são culpados e pelos quais não são responsáveis mas elegeram quem o fosse. Arrojado ou arrogante, é inadmissível que eventos como estes aconteçam, em pleno século XXI. Que a solução seja encontrada, as instâncias jurídicas acionadas mas que a população volte a ter seu direito legitimo e constitucional de ir e vir de forma democrática e equânime.




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