Conta-se que um homem havendo passado por muitas turbulências em sua
vida perdeu tudo nos negócios. Envergonhado, abandonou a família com
esposas e filhos e enveredou-se pela bebida de forma desenfreada
passando a morar nas ruas como um mendigo. Certa vez, se dirigiu a
janela de um dos diversos restaurantes dos quais era pedinte e viu em
uma mesa suntuosa diversos pratos deliciosos, sobremesas, guloseimas,
bolos etc. Assentado na mesa um dos homens mais ricos do mundo com seus 2
filhos e uma linda, amável e amada esposa.
Vendo aquela cena,
caíram-lhe lágrimas dos olhos a recordar dos bons tempos vividos ao lado
da esposa abandonada e filhos. Como estariam? Como viveriam? Será que
se lembrariam dele? Embrenhado nos pensamentos uma de suas mãos por
acaso tocou no bolso da calça e encontrou garrafa com resto de bebida
no seu bolso, que tratou imediatamente de consumir como fuga aos seus
devaneios.
Passadas algumas horas, ao sair do restaurante com a
família, o milionário se deparou com a cena do mendigo dormindo no chão
da calçada do restaurante, logo embaixo da janela.
Compadecido
pela força daquela imagem e motivado com o forte poder e força que os
homens de fibra são feitos pediu uma mala cheia de dólares ao seu
segurança que se encontrava no seu carro e dividiu os maços por entre os
bolsos de seu terno, novo, caro e limpo, que usara. Mas eram os maços
cheios de dinheiro, uma pequena fortuna que não apenas trariam o nosso
personagem primeiro aos mundos dos negócios como daria para reconstruir
toda a sua vida com a sua mulher e filhos.
Por fim, o milionário
cobriu o nosso "indigente" com o terno recheado de dinheiro e como
toque final retirou um broche com alfinete banhado a ouro com a cabeça
de um diamante dos mais raros e valiosos de que se possa imaginar e o
colocou na lapela interna da vestimenta velha do tal morador de rua,
cobrindo-o com o terno logo em seguida.
Então o milionário
disse: "Eis o meu presente para você e esse broche é o toque final.
Nenhum homem foi feito para viver no estado em que você se encontra.
Espero que quando você despertar faça bom uso do que estou de dando de
graça sem esperar nada em troca" e foi-se aos risos de felicidade.
No começo da manhã seguinte, nosso pobre personagem acordou.
Maltrapilho e com ressaca, logo reclamou do barulho dos primeiros passos
na calçada que o acordaram e as buzinas dos carros, nem se dando conta
do suntuoso terno que abrigava enorme fortuna. Levantou-se e se dirigiu a
um beco onde fazia suas necessidades fisiológicas de maneira contumaz.
Foi ai que percebeu o luxuoso apetrecho vestimenta que de repente
aparecera e não pensou duas vezes, o usou para o asseio de suas regiões
íntimas das quais em suas necessidades fisiológicas tinha acabado de
fazer uso, jogando de lado logo em seguida, aos lixos. Em seguida, sem
se dar conta do valioso broche que o acompanhava junto a sua roupa
maltrapilha, suja e fedorenta, seguiu pedinte, em busca da sua primeira
refeição matinal.
Assim é o ser humano! Deus nos proveu de todos
os tesouros mais valiosos que um ser humano pode ter em sua vida e de
forma gratuita, sem esperar retribuição. O ser humano se inebria e
persiste dormindo embriagado. Nós fazemos dessa riqueza pouca coisa e
mal uso. E ainda como se não bastasse, desprezamos o "broche de ouro com
cabeça de diamante dos mais valiosos" que existe no nosso interior e continuamos mendigando migalhas, como
pedintes, sem percebermos nem despertarmos para a grande força, poder,
sabedoria e infinita grandeza que está ao nosso dispor como seus filhos
amados.
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