Mostrando postagens com marcador Além das Palavras; Educação; Relatório PISA; Brasil; Ultimas posições. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Além das Palavras; Educação; Relatório PISA; Brasil; Ultimas posições. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Pisa: o diagnóstico de um apagão

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes mostra que 70% dos brasileiros não dominam o básico em matemática. Nossa educação está entre as oito piores do mundo 

Reportagem da revista "ÉPOCA" apenas elucida mais ainda o enorme caos da Educação brasileira. Eu como professor que estou sofrendo perseguição política por parte de um partido que a anos está no poder na Bahia e que transformou a educação no estado em uma das piores do Brasil, sei bem do que estou falando, haja visto que essa perseguição se dá justamente por que não concordamos com a postura deste governo que investe milhões em propagandas  fim de burlar a realidade, está realidade caótica e vergonhosa a que nos deparamos. 

LIÇÃO DE INEFICÁCIA
Sala de aula no Brasil. Metade dos alunos não sabe interpretar textos (Foto: LEO DRUMOND/NITRO)

Treze milhões de adultos analfabetos, 33 milhões de adultos analfabetos funcionais – que reconhecem números e letras, mas não as interpretam – e 2,8 milhões de crianças entre 4 e 17 anos fora da escola. São tantos os dados alarmantes na educação brasileira que o país parece ter se acostumado ao espanto. Desperdício de potenciais, geração perdida e uma série de outros diagnósticos que deveriam ser encarados com seriedade tornaram-se, por tanta repetição, chavões da área. E, como ocorre com todos os chavões, deixaram de ser encarados com perplexidade.  

O Pisa é uma avaliação trienal feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre dezenas de países de todo o mundo. Nesta edição, foram 70 nações. Desde 2000, quando seu primeiro estudo veio a público, o ranking consolidou-se como o mais importante termômetro dos níveis educacionais de seus países. O Pisa avalia o conhecimento de crianças entre 15 e 16 anos sobre matemática, leitura e ciências. No ano passado, 23.141 estudantes brasileiros de 841 escolas (públicas e particulares) encararam dois dias de provas em todos os estados do país para a formulação do diagnóstico revelado agora. 

Esses números terão um impacto negativo direto nos adultos que essas crianças virarão. Traduzir notas de testes educacionais em dados econômicos é uma maneira eficiente de mostrar qual pode ser essa consequência. Uma pesquisa recente, feita em parceria entre a OCDE e a Fundação ElDiálogo, projeta que o ritmo de crescimento do  PIB do Brasil se acelerará 16% ao ano a partir de 2030 se cada jovem de 15 anos atingir a pontuação média da OCDE (420 pontos) na escala do Pisa. Por outro lado, se, no mesmo período, tivermos todos os alunos de 15 anos no ensino médio com o baixo desempenho de hoje, esse ritmo de crescimento se acelerará 3,5% ao ano. O estudo foi concluído antes da divulgação dos últimos resultados do Pisa. Até então, no ritmo de crescimento de 3 a 5 pontos a cada avaliação trienal, o Brasil levaria 27 anos para alcançar a média da OCDE em matemática. Com a regressão de 12 pontos, revelada agora,  essa estimativa aumentou para 33 anos. “Não há possibilidade de desenvolvimento econômico sustentável sem o aumento da qualidade da educação”, diz Ariel Fiszbein, diretor da ElDiálogo e um dos responsáveis pelo estudo.

Relatório PISA - O Brasil comparado com o mundo
 

 
 

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Educação no Brasil e Relatório PISA - Quando você acha que não pode piorar...

Várias vezes já me manifestei aqui com relação a assuntos voltados para a educação. Sou educador, professor com licenciatura plena e me reconhecendo como tal esse é um tema recorrente. Por mais que tentem mascarar os dados estatísticos quem vive com o pé dentro da escola sabe que entre o que é dito nas propagandas e a realidade há uma discrepância abismal.  Já chegamos ao fundo do poço. Mas justamente quando você acha que não pode piorar...

Saiu hoje a avaliação, que testa alunos de 15 anos em 70 países, mostrou que o gasto acumulado do Brasil por aluno foi de US$ 38.190 por ano, ou seja, o equivalente a 42% da média de US$ 90.294 de investimento feito por estudante em países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), responsável pelo levantamento. O Pisa é considerado a avaliação educacional mais importante do mundo. 

Mesmo com um aumento modesto no investimento em educação de lá para cá esse aumento não agregou qualidade. Em 2012, última versão do estudo, essa proporção correspondia a 32%. Esse salto de 10%, no entanto, não se refletiu em uma melhora efetiva no ensino.

Na realidade, o Brasil continua nas últimas posições nas três áreas avaliadas. Em Ciências, que era o foco do estudo recém-divulgado, o país ficou em 63º lugar (estava em 59º em 2012, quando havia 65 países analisados), caindo de 405 para 401 pontos ─ apesar de não indicar uma mudança estatisticamente significativa ─ e ficando na frente apenas de Peru, Líbano, Tunísia, Macedônia, Kosovo, Argélia e República Dominicana. 

Singapura, Japão e Estônia ficaram no pódio dessa disciplina. 

"Se considerarmos os nossos resultados em Ciências, atingimos 401 pontos, enquanto que os alunos dos países da OCDE obtiveram uma média de 493 pontos. É uma diferença que equivale a aproximadamente ao aprendizado de três anos letivos", destaca Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna.