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domingo, 27 de julho de 2014

Brasileiro tem jeitinho pra tudo, certo?



Tenho a consciência tranquila de dizer a mesma coisa que disse desde quando o Brasil foi sorteado pra sediar a Copa do Mundo. Essa copa foi um erro desde o início. 

O Brasil, a despeito de ser considerada a sétima economia do mundo é um pais ainda com uma desigualdade social tremenda e um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH), com um dos piores sistemas educacionais de todo o globo. E como se não bastasse o gasto que fizeram utilizando o argumento que seriam usados para investimentos em estádios e em infraestrutura para a copa, ficou nítido o uso oportunista do esporte com fins nitidamente políticos, afinal este não também é ano de eleições? 

O Brasil que jogava no campo de futebol não era apenas um time de futebol representando o país. Ao atleta era atribuído feições e comportamentos do cidadão comum, em uma completa mistura e transposição. O mito do herói e do campeão mais uma vez aqui utilizado pra personificar a "raça brasileira" da pessoa humana comum, usurpando do atleta características atribuídas a ele. 

Ledo engano!

O Brasil não é campeão, não somos os melhores, não temos mais raça do que os outros, não somos mais que chorões, desde o capitão Thiago Silva a uma fila de torcedores. Se na Copa de 70 surgiu o jeitinho brasileiro da malandragem, da esperteza e do bom moço descolado sempre ligado, destes hoje sequer teremos essa herança. 

Todos eles com seus salários astronômicos, seus carros importados, suas esposas boazudas em detrimento de uma grande maioria de brasileiros sem acesso a condições de atendimento dignos nos hospitais, postos de saúde, infraestrutura de saneamento básico. condições de aprendizagem e de ensino educacional dignos.

Agora vão ter que engolir a irresponsabilidade de um governo que optou em investir em verdadeiros elefantes brancos, estádios com custos de 700 milhões de reais em média e que não teve sequer a competência de melhorar a mobilidade urbana tão prometida nos grandes centros urbanos nas capitais que sediariam jogos da copa. Ou a triste afirmação de "Ronaldinho Fenômeno" de que "uma copa não se faz com hospitais".

De goleada venceu a Alemanha. Como a esbofetear-nos com a competência de um Hotel de Luxo feito em apenas 6 meses. Seja no placar de 7 x 1 dentro do gramado, como um dos seus filósofos da teoria crítica a nos mostrar a realidade de que ainda temos muito o que aprender, seja na doação de um prêmio pelo titulo para a realização de cirurgias para crianças tupiniquins, já que há ausência do Estado em cumprir sua função na saúde da população, mas não em construir estádios de futebol.