Em pleno e tenso processo de impasse e de indecisão segue hoje a greve dos policiais militares da Bahia.
Eles mesmos, aqueles que são veementemente criticados por uma boa parcela da população que os acusam de despreparados, de usarem do abuso de poder e autoridade. Estes, os policiais, que expõem a sua vida e integridade física em um Estado como a Bahia com índices recordes de violência comparados com outros estados brasileiros. Neste momento é quando deveríamos nos reportar a importância desta instituição que é a Polícia Militar.
Tenho um irmão e amigos policiais militares e sei que estes se expõe diariamente ao abraçarem uma profissão com tamanhas dificuldades e riscos, devido a uma política pública de segurança precária dado a falta de investimento do governo, que,omisso, comete a desídia diária em diversos âmbitos, sejam educacionais, na área da saúde, segurança pública, habitação etc.
Assistimos alarmados a um ambiente de mêdo e pavor que se configurou ontem (02/02) no centro da cidade à partir das 16:00. Um toque de recolher imposto pelo pavor que se instaurou após a noticia de saques e assassinatos em massa em regiões diferentes. Um caos generalizado.
Policiais de diversos municípios aderiram a greve e o comando de greve na capital baiana insiste em não retornar ao trabalho apesar de ontem a justiça ordenar que assim o fizessem. Bandidos fizeram arrastões no centro de Salvador e no shopping Itaigara, que fica na área "nobre" da cidade. Grevistas tomaram viaturas e atravessaram ônibus na Avenida Paralela, como meio de pressionar uma negociação. Recém chegado de viagem (não, ele não estava no Canadá!!!!), o governador Jacques Wagner se recusa a negociar e prometeu endurecer, inclusive decretando a prisão do líder do movimento, gesto por sinal muito democrático (pra não dizer o contrário) de um ex-exilado que, segundo sua propaganda em época de campanha, teria sido servente de pedreiro e depois filiado ao partido que legitimou a greve como instrumento legítimo de reivindicação de classe e que o possibilitou ascender politico e socialmente.
Um ex-operário, trabalhador, de um partido que se intitula "dos trabalhadores" dizer isso? Que vai mandar "prender"? Wagner recusa-se a negociar. A prisão do líder da greve da PM baiana foi decretada pela Justiça por pressão do governo Jacques Wagner, que não quer negociar. Em campanha, todos os candidatos ao governo estão do lado dos trabalhadores. Quando governantes, recusam-se a ouvir suas reivindicações.
Policiais de diversos municípios aderiram a greve e o comando de greve na capital baiana insiste em não retornar ao trabalho apesar de ontem a justiça ordenar que assim o fizessem. Bandidos fizeram arrastões no centro de Salvador e no shopping Itaigara, que fica na área "nobre" da cidade. Grevistas tomaram viaturas e atravessaram ônibus na Avenida Paralela, como meio de pressionar uma negociação. Recém chegado de viagem (não, ele não estava no Canadá!!!!), o governador Jacques Wagner se recusa a negociar e prometeu endurecer, inclusive decretando a prisão do líder do movimento, gesto por sinal muito democrático (pra não dizer o contrário) de um ex-exilado que, segundo sua propaganda em época de campanha, teria sido servente de pedreiro e depois filiado ao partido que legitimou a greve como instrumento legítimo de reivindicação de classe e que o possibilitou ascender politico e socialmente.
Um ex-operário, trabalhador, de um partido que se intitula "dos trabalhadores" dizer isso? Que vai mandar "prender"? Wagner recusa-se a negociar. A prisão do líder da greve da PM baiana foi decretada pela Justiça por pressão do governo Jacques Wagner, que não quer negociar. Em campanha, todos os candidatos ao governo estão do lado dos trabalhadores. Quando governantes, recusam-se a ouvir suas reivindicações.
Isso me lembra aquela máxima de Bakunim (postada acima), fundador do pensamento Anarquista, movimento esse que tem hoje pelos incautos e não afetos a leituras uma interpretação distorcida. Bakunim, ao contrário do que imaginam, não defendia a falta de ordem, muito menos de organização. Ele, ao contrário do seu contemporâneo, Karl Marx, se opunha a existência do Estado enquanto controlador e centralizador do poder. Resumidamente, Bakunim dizia, mais ou menos, que o operário, ao se fazer poder, representado pelo Estado, agiria como patrão, e esqueceria as coisas de operário, concluindo ainda que "...Quem duvida disso não conhece a natureza humana".
Estava certo.
Jacques Wagner não se esqueça da lição: por não ter negociado com a PM, em sua última greve, César Borges jamais voltou ao governo, permitindo que o caos se instaurasse para jogar a opinião pública contra a PM em greve, César Borges pagou o preço de sair da cena. A ironia é que o PT conseguiu eleger seu candidato (Jacques Wagner) surfando nos erros da truculência carlista (César Borges).
Enquanto isso quem paga o preço pela recusa do governo em negociar é a população, assolada pelo medo, a insegurança, a violência e pelos boatos que persistem e o clima de mêdo, pavor e insegurãnça assola a maioria da população que é quem realmente paga a conta nesta confusão tôda!
Torçamos emfim para que sangue não seja derramado e que não experimentemos mais esta tragédia na história da Bahia e do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua opinião!