O governador Jaques Wagner (PT-BA) não
aprende com seus próprios erros e quer comprar briga com mais uma
categoria do funcionalismo público baiano. O gestor pediu ao presidente
da Câmara dos Deputados, dep.fed. Marco Maia (PT-RS), para colocar em
votação o projeto que reduz o piso nacional dos professores. O pedido
ocorreu durante a posse de Maria Graças Foster na presidência da
Petrobrás, segundo nota do jornal O Globo.
O piso nacional dos professores é uma luta
antiga da classe educadora, que foi aprovada no parlamento e sancionada
no Executivo. O reajuste em 2012 será de 22%, mas o governador quer que
o aumento seja de apenas 6%. Também pediram a redução do reajuste os
governadores Sérgio Cabral (RJ), Antonio Anastásia (MG) Cid Gomes (CE) e
Renato Casagrande (ES).
O governador já saiu arranhado em alguns
episódios envolvendo o funcionalismo público, como o corte no Planserv, o
não pagamento da URV, a recente greve na Polícia Militar, dentre
outros.
A coisa chegou a tal nível de insatisfação
que até mesmo a direção da APLB-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores
em Educação do Estado da Bahia), controlada há muito anos pelo PCdoB,
membro da “base aliada” do governo e quase sempre subserviente às
decisões governamentais, protestou.
Para o coordenador geral da
APLB-Sindicato, Rui Oliveira, a proposta é completamente equivocada e
vai na contramão do Plano Nacional da Educação do governo federal, que
prevê a recuperação das perdas salariais dos profissionais da área que
chegam a cerca de 60%. “Há o compromisso da presidente Dilma Rousseff em
corrigir essa distorção”, assinalou Oliveira.
“Os governadores que defendem redução do piso demonstram sua total falta
de compromisso para com a Educação”, alfineta Rui Oliveira,
considerando difícil que eles consigam apoio da bancada federal para tal
empreitada.
Sempre demonstrando seu pragmatismo
político e ações e ocasiões, o coordenador da APLB-Sindicato, cerca de
um terço da Câmara Federal vai disputar as eleições municipais e,
certamente, não vai querer “se queimar” com o eleitor votando um projeto
dessa natureza. “Quero ver se Pellegrino, Alice Portugal ou ACM Neto
vão mostrar-se favoráveis a tal aberração”, desafiou. “Nem quero crer
que isto seja sério”, desabafou Oliveira.
Sem dúvida, já é um bom começo…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui sua opinião!