43% do eleitorado de Salvador rejeitam candidatos de Wagner
EM
SALVADOR 43% DO ELEITORADO NÃO VOTARIAM EM QUEM JAQUES WAGNER APOIASSE.
DESGASTE DO GOVERNADOR SE ESTENDE PELO INTERIOR DO ESTADO
Roberto de Sena - Editor do Mural do Oeste
A greve
dos professores e a briga com a Policia Militar desgastou muito a imagem
do governador Jaques Wagner perante a opinião pública. Prova disso são
os números divulgados pelo Instituto Potencial do estatístico Carlos
Martins. Na pesquisa ACM Neto, adversário figadal de Wagner, lidera em
todos os cenários e - pasmem - 43, 2% dos entrevistados não votariam de
jeito nenhum em um candidato apoiado por Jaques Wagner.
Os
especialistas em Salvador dizem que o desgaste do governador tende a ser
ainda maior no interior por conta da falta de ações de combate a seca, a
inoperância no combate a violência, a situação das escolas estaduais
que estão abandonadas, a crise no setor de saúde, entre outros aspectos.
Pelo jeito o apoio do governador pode não ajudar na eleição de muitos
pré-candidatos. Se brincar até atrapalha.
Um sinal disso é a
greve dos professores que completa 53 dias e provoca revolta dos pais de
alunos, dos alunos e dos próprios professores. Juntos todos estão
protestando contra a postura do governador que insiste em não cumprir um
acordo firmado com a categoria em conceder um aumento de 22,22%. O
coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da
Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, fez um apelo ao governador para
que o acerto feito com a categoria seja mantido. O presidente disse que
os professores estão abertos para o diálogo. É como diz o ditado:
ninguém é obrigado a prometer mas se prometeu tem que cumprir, afinal
promessa é dívida.
Ciente do desgaste o governador se lança a
inaugurar obras que no passado nenhum governador teria coragem de
fazê-lo. Convenhamos, sair de Salvador para inaugurar quatro quilometros
de asfalto na Prainha, em Barreiras, no Oeste Baiano, não fica bem para
um governador. O melhor seria pegar o dinheiro gasto com aviões,
deslocamento da comitiva, assessorias, equipes de comunicação e fazer o
asfalto pelo menos até o Barrocão. Ai sim, seria uma obra digna de
inauguração. Com este tipo de pirotecnia o governador Jaques Wagner
tenda demonstrar que a Bahia está andando mas na verdade está parada. A
luz amarela está acesa no Palácio de Ondina. Vai ser preciso muito jogo
de cintura para acender a luz verde da tranquilidade.
Com este
cenário os candidatos de oposição ao governador Wagner crescem de
braçadas no interior e podem conquistar prefeituras importantes como
demonstrou recentemente o blog POR ESCRITO, do jornalista Raul Monteiro.
O governo pode perder as eleições em Salvador, em Feira de Santana e
aqui em Barreiras e em outras cidades importantes do interior da Bahia.
Nestas cidades os oposicionistas estão encaixando um discurso
inteligente e bem articulado contra a inação do governo. Estes discursos
caem como luva na realidade presente e agradam ao povo. Claro que ainda
é cedo e as eleições serão em outubro. Até lá o governador tem todo o
tempo do mundo para mudar o cenário. Caso contrário o pau pode comer na
casa de noca. Aliás, na manifestação feita esta semana pelas ruas de
Salvador, os professores, alunos e pais de alunos, carregavam um faixa
que resume bem o momento. Na faixa estava escrito o seguinte: A EDUCAÇÃO
APODRECE, A BAHIA FEDE, SÓ WAGNER CHEIRA. Uma frase desta vinda da
APLB, ex-aliada de Wagner, revela muito da atual situação na Bahia.
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