domingo, 3 de junho de 2012

43% do eleitorado de Salvador rejeitam candidatos de Wagner

EM SALVADOR 43% DO ELEITORADO NÃO VOTARIAM EM QUEM JAQUES WAGNER APOIASSE. DESGASTE DO GOVERNADOR SE ESTENDE PELO INTERIOR DO ESTADO
Roberto de Sena - Editor do Mural do Oeste

A greve dos professores e a briga com a Policia Militar desgastou muito a imagem do governador Jaques Wagner perante a opinião pública. Prova disso são os números divulgados pelo Instituto Potencial do estatístico Carlos Martins. Na pesquisa ACM Neto, adversário figadal de Wagner, lidera em todos os cenários e - pasmem - 43, 2% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado por Jaques Wagner.

Os especialistas em Salvador dizem que o desgaste do governador tende a ser ainda maior no interior por conta da falta de ações de combate a seca, a inoperância no combate a violência, a situação das escolas estaduais que estão abandonadas, a crise no setor de saúde, entre outros aspectos. Pelo jeito o apoio do governador pode não ajudar na eleição de muitos pré-candidatos. Se brincar até atrapalha.

Um sinal disso é a greve dos professores que completa 53 dias e provoca revolta dos pais de alunos, dos alunos e dos próprios professores. Juntos todos estão protestando contra a postura do governador que insiste em não cumprir um acordo firmado com a categoria em conceder um aumento de 22,22%. O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, fez um apelo ao governador para que o acerto feito com a categoria seja mantido. O presidente disse que os professores estão abertos para o diálogo. É como diz o ditado: ninguém é obrigado a prometer mas se prometeu tem que cumprir, afinal promessa é dívida.

Ciente do desgaste o governador se lança a inaugurar obras que no passado nenhum governador teria coragem de fazê-lo. Convenhamos, sair de Salvador para inaugurar quatro quilometros de asfalto na Prainha, em Barreiras, no Oeste Baiano, não fica bem para um governador. O melhor seria pegar o dinheiro gasto com aviões, deslocamento da comitiva, assessorias, equipes de comunicação e fazer o asfalto pelo menos até o Barrocão. Ai sim, seria uma obra digna de inauguração. Com este tipo de pirotecnia o governador Jaques Wagner tenda demonstrar que a Bahia está andando mas na verdade está parada. A luz amarela está acesa no Palácio de Ondina. Vai ser preciso muito jogo de cintura para acender a luz verde da tranquilidade.

Com este cenário os candidatos de oposição ao governador Wagner crescem de braçadas no interior e podem conquistar prefeituras importantes como demonstrou recentemente o blog POR ESCRITO, do jornalista Raul Monteiro. O governo pode perder as eleições em Salvador, em Feira de Santana e aqui em Barreiras e em outras cidades importantes do interior da Bahia. Nestas cidades os oposicionistas estão encaixando um discurso inteligente e bem articulado contra a inação do governo. Estes discursos caem como luva na realidade presente e agradam ao povo. Claro que ainda é cedo e as eleições serão em outubro. Até lá o governador tem todo o tempo do mundo para mudar o cenário. Caso contrário o pau pode comer na casa de noca. Aliás, na manifestação feita esta semana pelas ruas de Salvador, os professores, alunos e pais de alunos, carregavam um faixa que resume bem o momento. Na faixa estava escrito o seguinte: A EDUCAÇÃO APODRECE, A BAHIA FEDE, SÓ WAGNER CHEIRA. Uma frase desta vinda da APLB, ex-aliada de Wagner, revela muito da atual situação na Bahia.

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