Governador Wagner é vaiado no 2 de Julho e utiliza menores como escudo

Dizem que imagens falam mais do que palavras. Em um dia em que se comemora a libertação da Bahia das amarras da opressão e da escravidão, vemos recrudescer na imagem da truculência e do aparato de policiais militares e à paisana um estado que oprime e cerceia a liberdade de expressão do seu povo, assim como a liberdade de protestar e de reinvidicar pelos seus direitos, direito a liberdade, direito à vida e o direito a uma vida mais digna. É triste... é lamentável que um governo que se elegeu sob o discurso de defender o povo é que percebemos as cenas terríveis que podemos constatar nesse vídeo. Chora Bahia. Choremos todos nós. Levanta-te Bahia, levante-mo-nos  todos nós contra essas amarras que nos prendem e nos oprimem.

Como se não bastasse, centenas de internos da Fundação Dr. Jesus, em Candeias, compareceram ao desfile do 2 de Julho, em Salvador, com uma missão especial: tentar neutralizar as vaias ao governador Jaques Wagner (PT) durante sua caminhada entre a Lapinha e a Praça Municipal.

Vestidos com camisetas vermelhas e azuis, o exército de dependentes químicos em recuperação entoou diversos cânticos exaltando o chefe do Executivo estadual, concorrendo com o coro de insatisfeitos, liderado pelos professores da rede estadual de ensino, em greve há mais de 80 dias.

"Uh uh uh, governador!" e "Viva Wagner" foram alguns dos gritos de guerra da claque, liderada pelo deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PSB).

Policiais à paisana e fardados também reforçam a segurança do líder estadual, que participou da cerimônia de hasteamento da bandeira, na Lapinha, sem ser incomodado. Isso porque, pela primeira vez, grades separavam os populares da área em que os governantes prestam a homenagem.