A política sem limites do PT
Parece mentira, mas lamentavelmente é a realidade do país dos absurdos: o Brasil.
Onde mais seria encarado como natural o comportamento de um
ex-presidente da República que reluta em abandonar o poder e usa o
prestígio não só para eleger postes, como agora planeja interferir
diretamente na equipe e ações de seus pupilos.
Isso ficou claro na reunião da qual o ex-presidente Lula participou
com a equipe do recém empossado prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Não satisfeito, Lula anuncia agora que assumirá o comando das
articulações políticas do governo Dilma, já de olho nas eleições
presidenciais de 2014.
A dúvida é se Lula está preparando o caminho para tentar voltar ao
comando do país ou se deixará a presidente Dilma Rousseff disputar a
reeleição.
Por mais que interlocutores do ex-presidente tenham vindo a público
para garantir que Lula não será candidato em 2014 e apoiará a reeleição
de Dilma, a maioria dos petistas torce pela candidatura do
ex-presidente, com quem têm muito mais afinidade do que com a atual
mandatária.
Ao perceber que sua expectativa de poder começa a se esvair diante
das especulações cada vez mais fortes de que Lula poderá ser o candidato
do PT à Presidência em 2014, a presidente Dilma Rousseff decidiu
apelar.
Apenas quatro meses depois de seu último pronunciamento em cadeia
nacional de radio e televisão, a presidente Dilma optou por convocar uma
nova rede nacional para reiterar a promessa, feita em plena campanha
municipal, de redução da tarifa de energia.
Resta saber se ela usará novamente a cadeia nacional para atacar
adversários ou o que dirá sobre os temores da própria Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) de o país enfrentar apagões durante a Copa
das Confederações prevista para o meio do ano ou até mesmo na Copa do
Mundo de 2014.
Enquanto isso, a inflação continua em alta, o PIB em baixa e o povo
brasileiro segue arcando com uma das maiores cargas tributárias do
planeta, mesmo não podendo contar com uma saúde ou sistema educacional
de qualidade, muito menos com uma segurança eficiente.
Paralelamente a isso, o PT prossegue desafiando o Supremo Tribunal
Federal, que mereceu aplausos internos e internacionais por conta o
resultado final do julgamento do mensalão.
Os petistas não só apoiaram a posse do companheiro José Genoíno na
Câmara, a despeito de sua condenação por corrupção ativa e formação de
quadrilha no processo do mensalão, como agora faz uma vaquinha para
ajudar a saldar as multas impostas pela Corte Suprema aos mensaleiros do
partido.
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