Uma fonte da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, que pediu anonimato, contou ao Jornal da Bahia Ponto Net que, ao contrário do publicado em alguns meios de comunicação, a equipe econômica do governo ainda não fechou o índice de reajuste dos salários dos servidores estaduais da Bahia para o ano de 2013.
Segundo ela, tal reajuste será efetivado apenas na folha salarial do mês de junho e não deverá ser pago o retroativo ao mês de janeiro, data-base dos servidores.
Mas a má notícia não está completa; é bem provável que o índice não seja muito diferente dos 5,84%, número já bastante especulado na imprensa baiana.
“De fato ainda não fechamos em um número exato, neste momento estamos analisando o impacto nos cofres públicos caso o reajuste seja fechado em 5,84%. Visto inicialmente, o número estaria alto para o governo mas é viável tendo em vista que o retroativo ao mês de janeiro não será pago. O estado não tem condições para isso. Quanto ao índice, eu particularmente acho bastante positivo já que será dado como uma forma de compensação pelas perdas com a inflação. Politicamente também não deverá ser um problema maior pois este índice já é esperado pelos servidores”O Jornal da Bahia Ponto Net entrou em contato com a SECOM/BA pedindo a confirmação da notícia e não obteve resposta.
“Está nas mãos do governador”, diz líder do PT sobre estudos para reajuste de servidores
Após a aprovação do aumento salarial para os membros do Judiciário e Ministério Público da Bahia (MP-BA), a votação do reajuste dos servidores estaduais permanece sem data definida.
Líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Zé Neto (PT) não especificou quando a medida será apreciada pela Casa e reiterou que os estudos técnicos de avaliação do impacto do reajuste no orçamento estão com o governador Jaques Wagner.
“O que podemos garantir é que tudo está na mão do governador”, disse o petista nesta quinta-feira (18), em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5.
O deputado afirmou que é preciso cumprir acordos firmado com diferentes categorias, mas lembrou a necessidade de confrontar o aumento com as contas do Estado e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).”Estamos no limite e precisamos ter cuidado porque vamos fazer concursos públicos”, avaliou.
→ Leia também: Nos corredores da SEFAZ se fala em reajuste linear zero
Deputado acusa sindicatos dos servidores de omissão
A aproximação de 2014 e as articulações entre as forças do governo e da oposição convidam cada vez mais os representantes a guerrearem e compararem as realizações dos dois grupos, tendo como munição o tratamento aos servidores públicos estaduais.
Um dos questionamentos explorados pelos oposicionistas na Assembleia Legislativa, nos últimos dias, foi o não envio ainda pela gestão estadual do projeto de reajuste dos funcionários, que teria como data-base 1o de janeiro.
O deputado estadual Carlos Gaban (DEM) criticou o governo do estado por não conceder o reajuste salarial dos servidores públicos que, por lei, deveria ter sido dado em janeiro, e cobrou uma atitude dos sindicatos que representam as categorias.
“Não sei que tipo de benesses eles estão tendo para não agirem como sindicalistas”Em sessão na Assembleia Legislativa, Gaban afirmou que o recurso destinado ao reajuste dos servidores foi aplicado no mercado financeiro e que, além disso, o governo não quer pagar o valor retroativo a janeiro.
De acordo com o deputado, outras categorias como os servidores do judiciário e do Ministério Público já estão com projetos na Casa solicitando que o reajuste seja retroativo, mas tudo indica que os servidores estaduais ficarão “chupando dedo”.
O parlamentar voltou a questionar a postura dos sindicatos que têm silenciado diante da situação.
“Porque os sindicalistas estão calados? Será que continuam confundindo filiação partidária com representação social?”
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