Imagem: Reprodução Veja |
Em
outubro de 2011, a testemunha, A.G.D., ouvida pela polícia do Paraná,
revelou que para obter um emprego de agente de saúde na prefeitura de
Realeza, pequena cidade no interior do Paraná, foi obrigada a fazer sexo
com o então prefeito Eduardo Gaievski, que em janeiro de 2013 foi
guindado à Casa Civil da Presidência. Muito pobre e precisando ajudar a
família, A.G.D. cedeu à pressão e foi ao motel com Gaievski.
“Ele
me obrigou a fazer coisas nojentas”, conta. Cansado de mais uma de suas
vítimas, o petista condicionou a permanência no emprego à missão de
arregimentar meninas menores de idade para satisfazer a tara de
Gaievski. Como não concordou, A.G.D. foi demitida. “Ele é um monstro”,
desabafa.
Para
a agente de saúde, Eduardo Gaievski usou de impressionante sinceridade
ao afirmar que, enquanto estivesse prefeito, jamais realizaria concursos
públicos para qualquer cargo do município. A alegação, hedionda,
diga-se de passagem, é que os concursos o impediriam de trocar sexo por
emprego.
“Concurso
público aqui é na cama, comigo. Se passar no teste, está empregada”,
debochava o petista, que era exigente em suas escolhas. Para Gaievski –
que foi colocado por Gleisi Hoffmann na Casa Civil para ser seu braço
direito e comandar importantes programas do governo federal voltados
para menores, como o de combate ao crack e a construção de creches – uma
menina de 16 anos já era vista como “velha”.
A
única chance de uma mulher com mais idade ser escolhida para alguma
função pública era a de agenciar menores para o prefeito ou colocar as
próprias filhas, de preferência virgens, a serviço dos seus criminosos
apetites sexuais
Por
conta de sua conduta criminosa e execrável, Gaievski é investigado pelo
Ministério Público do Paraná por 26 estupros, 17 deles contra menores
de 14 anos, mas o pedófilo da Casa Civil pode ter molestado mais de 200
crianças. Porque as “novinhas, sem experiência são as melhores”. Aí
podia “ensiná-las” a fazer do “meu jeito”, explicava o então prefeito,
segundo relato de A.G.D.
Em
arquivo de áudio postado no YouTube, que está sendo periciado pelo
Ministério Público, um homem identificado como Gaievski descreve um
estupro. Ali ficam claras obsessões com “virgindade”, “falta de
experiência” e o desejo que ele tinha de “ensinar”.
O
ex-assessor de Gleisi Hoffmann também costumava usar o carro oficial da
prefeitura, um Fiat Linea preto (placas ATZ 2014), para cometer
estupros e gastava grandes quantias pagando prostitutas e contas em
motéis. Investigações tentam estabelecer como, com o salário de
prefeito, Gaievski conseguia manter a família com padrão de vida luxuoso
e financiar uma vida dupla, com orgias, motéis e prostitutas.
A
ousadia e a desfaçatez de Eduardo Gaievski eram de tão desmedidas, que
no mesmo mês em que foi acusado de trocar empregos na prefeitura por
sexo, o pedófilo postou em seu perfil no Facebook mensagem elogiada pela
imprensa da região Sudoeste paranaense e difundida à exaustão pelo PT
estadual: “Somente mudaremos nosso país combatendo a corrupção”.
Fonte: http://www.folhapolitica.org/2013/10/para-gaievski-concurso-publico-aqui-e_8.html
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