Jornalisra Glauco Wanderley |
Fonte: Jornal Tribuna Feirense
Ainda bem que a tarifa do transporte coletivo em Feira de Santana não
entra no cálculo da inflação do governo federal, porque de janeiro do
ano passado, para janeiro deste ano o preço subiu o dobro da inflação.
Enquanto esta foi pouco acima de 10%, a do buzu passou das duas dezenas.
Mas
como? O governo municipal não disse que o aumento foi só de 8,8%, abaixo
da inflação? Disse. Porque o governo, como seria de se esperar,
apresentou a conta do modo como lhe convinha. Disse que a tarifa
aumentou de R$ 2,85 para R$ 3,10, mas as duas pontas estão erradas.
R$
2,85 seria a tarifa inicial, que constava do edital da licitação que
contratou as atuais concessionárias, Rosa e São João. Mas o valor não
era praticado, porque o governo teve vergonha/receio de dar mais de um
aumento no ano. No bolso de quem paga, porém, o preço subiu de R$ 2,70
para R$ 3,10, o que dá 15% a mais.
Mas
R$ 3,10 ainda não é o aumento todo, porque o incauto que for pagar com
dinheiro é penalizado, de acordo com a esdrúxula fórmula importada das
geniais cabeças pensantes do transporte, trazidas do Sul do país. Quer
pagar em dinheiro? Pague mais caro: R$ 3,30. Aí o percentual de aumento
sobe para aqueles 22,2%. Poucos pagam em dinheiro? Não sei, a sociedade
não tem esta informação.
Ficaremos
“só” nisso em 2016, se o governo novamente empurrar com a barriga para
janeiro de 2017 o próximo aumento, embora o edital tenha determinado que
dezembro é a data-base do reajuste.
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