A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula por corrupção passiva. Ele é suspeito de ter usado o poder de influência para que a Odebrecht conseguisse empréstimos no BNDES. Em troca, a empresa teria contratado a empresa de Taiguara Rodrigues dos Santos - é um sobrinho da primeira mulher de Lula. Além de Taiguara e do sócio dele, também foram indiciados Marcelo Odebrecht e seis executivos da construtora.
Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Lula, era dono de uma empresa chamada Exergia, contratada pela Odebrecht para realizar obras em Angola.
Os documentos, que o Jornal Nacional mostrou, em maio, com exclusividade, indicam que a Exergia não tinha capacidade para realizar as obras.
Num deles, um engenheiro da Odebrecht reclama que estava “insatisfeito com a Exergia, que praticamente abandonou a obra, sem prestar qualquer satisfação”.
Peritos em engenharia da Polícia Federal também concluíram que a Exergia não tinha capacidade para realizar as obras. Foi depois de analisarem laudos, contratos e documentos técnicos entregues pela Odebrecht. Outras pistas vieram do computador e do celular de Taiguara, apreendidos há cinco meses pelos agentes federais.
Parte do material é referente aos anos de 2008 e 2009, quando Lula era presidente.
Num documento encontrado no computador, estava em escrito em novembro de 2008: "Viagem a Brasília para encontrar com o presidente. Encontro esse que durou cerca de 50 minutos, onde foi esclarecido todas as atividades tomadas por Taiguara até este momento. Foi falado muito de Angola, e que neste momento foi dada a carta branca para continuar atuando neste país".
Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Lula, era dono de uma empresa chamada Exergia, contratada pela Odebrecht para realizar obras em Angola.
Os documentos, que o Jornal Nacional mostrou, em maio, com exclusividade, indicam que a Exergia não tinha capacidade para realizar as obras.
Num deles, um engenheiro da Odebrecht reclama que estava “insatisfeito com a Exergia, que praticamente abandonou a obra, sem prestar qualquer satisfação”.
Peritos em engenharia da Polícia Federal também concluíram que a Exergia não tinha capacidade para realizar as obras. Foi depois de analisarem laudos, contratos e documentos técnicos entregues pela Odebrecht. Outras pistas vieram do computador e do celular de Taiguara, apreendidos há cinco meses pelos agentes federais.
Parte do material é referente aos anos de 2008 e 2009, quando Lula era presidente.
Num documento encontrado no computador, estava em escrito em novembro de 2008: "Viagem a Brasília para encontrar com o presidente. Encontro esse que durou cerca de 50 minutos, onde foi esclarecido todas as atividades tomadas por Taiguara até este momento. Foi falado muito de Angola, e que neste momento foi dada a carta branca para continuar atuando neste país".
Numa troca de mensagens com um funcionário público angolano, Taiguara diz que foi procurado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, a pedido do chefe maior e de seu filho, para tocarem em conjunto projetos em Angola. Diz que Bumlai é um empresário do mais alto escalão, que tem pretensão de participar de projetos acima de US$ 100 milhões e que trará o financiamento.
Bumlai foi condenado pelo juiz Sérgio Moro por empréstimo fraudulento que teria sido usado para pagar dívidas do PT.
Numa mensagem de celular, Taiguara fala com um sócio: "Outra dica: ele pode criar um contrato fictício da Cambambe". Não dá para concluir a quem Taiguara se refere. Cambambe é uma das maiores hidrelétricas em Angola.
A obra dessa hidrelétrica foi executada pela Odebrecht com dinheiro do BNDES, que liberou mais de US$ 463 milhões para a construtora, que subcontratou a empresa de Taiguara.
O Jornal Nacional teve acesso a um aditivo do contrato. A Exergia teria faturado mais de R$ 3 milhões só nessa obra.
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente porque ele teria usado a influência do mandato para Taiguara conseguir os contratos com a Odebrecht. A construtora contratou Taiguara em troca de uma suposta ajuda de Lula no financiamento do BNDES para as obras em Angola.
Segundo a PF, no total, na época, a Exergia recebeu R$ 20 milhões em 14 contratos com a Odebrecht. Taiguara teria ficado com R$ 6,5 milhões, usados para comprar carros de luxo e um apartamento.
A Exergia teria pagado também planos de saúde e outras despesas de um irmão do ex-presidente Lula. Os investigadores não informaram o nome dele. O restante do dinheiro, segundo a investigação, foi para Portugal, para uma empresa sócia de Taiguara.
A defesa de Lula criticou o vazamento de informações da investigação. Declarou que o ex-presidente não conversou com Taiguara sobre a criação da empresa Exergia; que Lula não tratou de relações comerciais vinculadas a Taiguara nem quando era presidente nem depois; e que tomará as medidas cabíveis tão logo tenha acesso aos autos.
A defesa de Taiguara decidiu se manifestar só depois que tiver acesso aos autos.
A defesa de José Carlos Bumlai disse que ele não teve qualquer relação com Taiguara Rodrigues, nem participou de obra, projeto ou financiamento na África.
O BNDES afirmou que colabora com os órgãos de controle e com a Polícia Federal, para prestar as informações solicitadas.
A Odebrecht não quis se manifestar.
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