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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Educação como transcedência ao selvagem



Grande filósofo e educador, na época em que grande Julio Cesar propora as reformas em Roma, fora então convidado a discursar sobre a importância da educação na formação do indivíduo. Exigente que era, sobretudo por ele mesmo, entendia aquela como uma missão de grande responsabilidade e o assunto de uma relevância pungente: falar a plateia exigia um preparo ardoroso! Pedira ao Imperador 3 meses. Não mais que 3 meses! Não poderia arcar com tamanha responsabilidade senão se debruçando sobre aquele assunto, que lhe já era um desafio!

Tempos depois, passados os dias, e enfim o nosso nobre filósofo lá estava, no grande coliseu, pronto para proferir palestra sobre a matéria que lhe teria sido incumbido: discorrer sobre o tema da educação!

Casa cheia, logo no início, fez gesto para que seus comandados abrisse um dos porões onde se guardavam os animais e logo saiu de lá uma besta fera, um mastim napolitano de grande porte. Ao mesmo tempo soltaram de dentro de um caixote uma lebre, que ao primeiro contato com a liberdade deu-se a correr de forma desenfreada no espaço que lhe dispunha. Ora, a besta fera lançou-se de maneira desenfreada contra o pequeno animal que só podia alí tentar sobreviver sob a torcida da plateia até que vencida pelo cansaço fora estraçalhada pelos dentes afiados do mastim que nada condescendente não poupou nenhuma porção do seu singelo corpo até vê-lo completamente inerte e dilacerado aos olhos de todos chocados com tamanha brutalidade.

Eis que recolheram o primeiro animal, limparam o ambiente em sua porção tomado pelo sangue da pequenina presa e ainda ao silencio da maioria o filósofo pede que solte o outro mastim, este mais viçoso e bruto aos olhos, todo rebuliço a ostentar sua altivez e beleza, muito embora semelhante a fera anterior, parecia maior, mais forte. De maneira semelhante com outro gesto com as mãos solicitou que o arauto da sabedoria que fosse solta outra lebre, que não diferentemente da primeira, percebendo-se em liberdade, passou a pular, saltitar como de comum aos da sua espécie. A fera, ao visualizar o belo animalzinho, lhes firmou os olhos e levantando as orelhas partiu com rojão em direção a ele que tentou escapar de forma natural e sorrateira mas já era tarde. E quando todos no Coliseu esperavam ver de novo ante seus olhos outra demonstração de selvageria foram todos tomados de surpresa pelo mastim que ao passar pela lebre deu-lhe um ligeiro tapa com uma das patas, depois jogou-se ao chão aos latidos, como que chamando o pequeno corredor, as brincadeiras mais tenras, e travessuras. Jogou-se novamente o enorme animal em direção a lebre, que já não se assustara, como que entendendo o gesto fanfarrão e dócil do seu amigo mastim.

Retirados os animais do ambiente, voltaram-se ao púlpito onde permanecia o filósofo, que em alto e bom tom dizia dar como encerrada sua explanação! Toda aquela encenação que fora dada serviria tão somente para caracterizar sua explicação quanto ao tema educação ao qual tinha se debruçado durante meses. 

A primeira fera, diria ele, tratar-se-ia semelhante o ser tomado pelas suas próprias vontades, deixado aos seus próprios sentimentos e extintos, gozos. A segunda fera representaria a mesma criatura submetida a educação, familiarizada com a lebre, criada junto e de maneira amorosa, com o contato com o afeto, carinho e a instrução, a alimentação correta e finos tratos. Ambas as feras possuíam dentro de si a mesma origem mas o trato educativo ao qual a segunda delas foi submetida fez com que se diferenciassem. 

Se feras como mastins napolitanos respondem ao trato educativo, muito mais nós, seres humanos. É através da educação que o ser humano se desenvolve, contém sua ascendência animal, seus apelos selvagens e seus extintos primários. Dessa forma, a educação é de vital importância no desenvolvimento das virtudes, no estabelecimentos dos nexos críticos e dos parâmetros entre as coisas! Através da educação o sujeito se emancipa, se reconhece e reconhece o mundo! Mas para que a educação se materialize cabe a formação e os formadores, por isso a função de educador ela prescinde. É como que sagrada!

E o filósofo foi ovacionado!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Pedido de remoção para outra escola foi feito mas por que a Secretaria da Educação não resolve?


 TRATA-SE DE UM PEDIDO DE REMOÇÃO FORA DO PRAZO DE 2016, HAJA VISTO OS CRIMES DE DESACATO E ASSEDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO OCORRIDOS DENTRO DA UNIDADE DE ENSINO DO COLEGIO ESTADUAL PADRE HENRIQUE ALVES BORGES NO DISTRITO DE HUMILDES - FEIRA DE SANTANA/BA


Em função do ocorrido e das minhas manifestações junto ao ministério público do Estado da Bahia e as respectivas ouvidorias solicitei remoção fora do prazo. O diretor do NRE19 senhor IVAMBERG LIMA me orientou e protocolou o mesmo. Se o processo foi aberto. Se existem escolas com carga horária, por que simplesmente minha demanda não é aceita?

Eu até admito dar aulas em uma escola que não tem material esportivo. Eu até aguento dar aulas em uma escola onde os aparelhos de som não funcionam. eu até aguento dar aulas em uma escola onde a quadra não é coberta, não há demarcação poliesportiva no chão de cimento, nem equipamentos completos de volei, tabela de basquete, bolas etc. Eu até aguento dar aulas em uma escola onde professores de outras áreas acham que podem dar pitaco na minha área de conhecimento, se intrometendo onde não são chamados e falando do que não deve. 

Agora o que eu não aguento e não suporto é ouvir desaforo, é ser desrespeitado enquanto pessoa e enquanto professor, ser agredido moralmente, injuriado verbalmente e absolutamente nada acontecer aos agressores.



Segundo o código penal, injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro é CRIME que pode acometer ao agressor 6 meses de prisão ou multa. Ofensas verbais endereçadas a outrem injustamente, em público, configuram ato ilícito, ensejando a reparação do dano moral experimentado pela vítima. Tal situação remete ao direito legitimo por parte do ofendido inclusive reparação do dano moral, ante seu caráter subjetivo e consolador. Assédio moral é toda conduta abusiva que intencional e frequentemente fira a dignidade e a integridade física ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

Ai eu não aguento não!