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sábado, 27 de setembro de 2014

Denuncie sobre a Sindrome da Alienação Parental

Existem atualmente no Brasil cerca de 16 milhões de crianças que sofrem de algum grau de Alienação Parental segundo estatísticas do Instituto Data Folha, e o Brasil está entre os países que mais sofrem desse problema. Mas pior que o problema que atinge nossas crianças é a desinformação.



O problema é antigo, mas a sua abordagem é relativamente recente. Você pode começar a ajudar uma criança se informando sobre o que é Alienação Parental, tal como suas consequências. Quantos dos seus amigos, parentes ou próximos conhecem sobre o assunto? Alienação do quê? Síndrome do quê? Então junte-se a nós e vamos divulgar o assunto e tentar fazer um mundo melhor para nossas crianças.

Os efeitos da SAP têm sido relativamente pouco investigados, considerando a gravidade desses efeitos sobre o comportamento das crianças que são vítimas da Alienação Parental. Devemos muito ao Prof. Dr. Richard Gardner, o pioneiro nos estudos da SAP. Quanto mais pesquisamos e estudamos esta síndrome, mais admiramos o trabalho que o Dr. Gardner realizou nesta área.

Os Pais são os responsáveis pela criança se tornar vítima da Síndrome, e mais em especial o genitor que está realizando o processo de alienação. A animosidade desenvolvida contra o outro genitor, que é qualificado de mau, perigoso, perverso, estúpido, burro, etc., pelo alienador, denegri a imagem do pai, levando à criança a falta de respeito e até humilhação do genitor alienado, isso traz consequências devastadoras a saúde mental da criança e tem uma tendência para o desenvolvimento de um comportamento psicopático. As crianças que sofrem a Alienação Parental desenvolvem uma relação afetiva forte com o pai amoroso e bom, que deve ser amado, enquanto o outro, mau e insensível, deve ser odiado e temido. Todo processo de doutrinação, odioso ou alienante é negativo a formação do caráter e a personalidade da criança.

Vamos nos concentrar nas consequências da vitimização que a criança sofre pelo processo de alienação. Temos lido e ouvido muita coisa sobre abusos que as crianças vêm sofrendo, especialmente sobre o abuso sexual. Mas, temos poucas informações sobre o abuso emocional. A Alienação Parental é uma forma bem comum de abuso emocional infantil, pois as crianças são usadas com a finalidade dos pais incrementarem suas animosidades e o ódio contra o outro cônjuge, no fim traumático de um relacionamento. Os efeitos sobre a criança são terríveis, provocando impacto doentio sobre o emocional e comportamental da criança.

Conseguimos localizar em casos relatados, uma série de sintomas específicos encontrados em crianças que sofreram dos efeitos da SAP, quando foram submetidos por um longo período de tempo a uma lavagem cerebral ou programação contra um dos genitores. Esses efeitos se apresentaram a curto e longo prazo. Devemos também entender que nem todos os sintomas mencionados ocorreram em todas as crianças que foram envolvidas em situações de Alienação Parental. Nem todos os sintomas mencionados ocorreram em todas as crianças. Devemos considerar também que existiram algumas diferenças nas respostas das crianças muito jovens e das crianças mais velhas que tiveram experiência do processo de AP. No entanto, alguns desses sintomas, sem dúvidas, irão ocorrer em crianças envolvidas em AP, a não ser que alguma forma de tratamento seja realizada para eliminar ou atenuar o impacto do processo de alienação.


A raiva é uma reação comum de muitas crianças para o processo de alienação. A raiva, no entanto será expressa em direção a um alvo, como o pai alienado em geral. O fato das crianças serem forçadas a este tipo de situação causa um sofrimento considerável e frustração, a resposta, muitas vezes, é expressa por um comportamento agressivo contra o pai alienado, a fim de agradar o programador, e/ou outras pessoas.

Perda ou a falta de controle dos impulsos na conduta. Crianças que sofrem de SAP não são apenas agressivas, mas também, muitas vezes, desenvolvem um comportamento delinquente. Há evidências consideráveis de que a presença e a influência do pai podem prevenir e aliviar a possibilidade da delinquência, especialmente em meninos.

Perda da autoconfiança e da autoestima. Perder um dos pais através do processo de programação pode produzir uma falta de autoconfiança e autoestima. No caso dos meninos a identificação com uma figura masculina foi reduzida, quando o genitor alienado era o pai.

Apego e ansiedade da separação. Crianças, especialmente as muito jovens, que foram programadas para odiar e/ou desdenhar um dos pais, tendem a se apegar e ficar dependentes do pai que levou a cabo a programação. Há uma considerável ansiedade induzida pelo pai programador contra o pai alvo, incluindo ameaças de que o pai alvo iria realizar um grande número de diferentes ações negativas ou violentas contra a criança, assim como, em alguns casos, também contra o pai programador.

Desenvolver medos e fobias. Muitas crianças temem ser abandonadas ou rejeitadas, pois como elas foram induzidas a sentir que um dos parceiros em um relacionamento, geralmente o pai, não é desejável, elas temem que também possam ser descartadas. Às vezes isso resulta em fobia escolar, que é o medo de frequentar a escola, principalmente devido ao medo de deixar o pai, que alega ser o único parceiro benéfico na relação formal. Algumas crianças sofrem de distúrbios hipocondríacos e tendem a desenvolver sintomas psicológicos e doenças físicas. Essas crianças também temem o que vai acontecer no futuro e, sobretudo há um medo que o pai programador, único que alegadamente é o "bom pai", possa morrer e deixar a criança destituída de qualquer apoio e/ou proteção.

Depressão e idealização suicida. Algumas crianças ficam tão descontentes com a trágica ruptura da relação e ainda são confrontadas com a animosidade entre o pai programador e o pai alvo, que isto as leva a ambivalência, incerteza e, por vezes, as tentativas de suicídio, isso ocorre devido à infelicidade que a criança sente, provocada pelos dois principais adultos de sua vida.

Distúrbios do sono é outro sintoma que acompanha a situação de alienação parental. As crianças frequentemente têm sonhos aterradores e pesadelos, além de muitas vezes terem dificuldade para dormir, devido às suas preocupações sobre o perigo que representa o genitor alienado e/ou a culpa, que elas podem sentir, da sua participação no processo de alienação.

Transtornos alimentares. Uma variedade de distúrbios alimentares tem sido observada em crianças que estão sofrendo da síndrome da alienação parental. Isto inclui a anorexia nervosa, obesidade e bulimia.

Problemas educacionais. Crianças que estão sofrendo a pressão de ter que rejeitar um pai, através de uma lavagem cerebral, frequentemente sofre de disfunções escolares. Elas podem se tornar problemáticas, assim como agressivas dentro do sistema escolar.

A enurese e encoprese são involuntárias e nesse caso são a expressão desse transtorno emocional. Um número de crianças muito jovens, devido à pressão e as frustrações em torno delas, sofrem de enurese e encoprese. Esta é uma resposta à perturbação psicológica de perder um dos pais e/ou de encontrar um pai hostil ao pai rejeitado.

O uso de drogas e um comportamento autodestrutivo frequentemente estão presentes em crianças que são vítimas da Síndrome da Alienação Parental. Esta tendência é devido a uma necessidade e o desejo de escapar aos sofrimentos do abuso emocional que sofreram com a alienação parental. No extremo do comportamento autodestrutivo elas podem desenvolver tendências suicidas.

Comportamento obsessivo compulsivo. Esta reação psicológica é frequentemente presente em crianças portadoras da SAP. Essas crianças procuram encontrar segurança em seu ambiente através da adoção de uma variedade de padrões de comportamento obsessivos compulsivos.

Ataques de ansiedade e de pânico também estão frequentemente presentes em crianças que foram vítimas de processos de AP. Isso pode ser refletido através de distúrbios psicossomáticos como pesadelos, úlceras pépticas, crises de hemorroidas, distúrbios da pressão arterial e outras disfunções orgânicas.

Problemas de identidade sexual. Como resultado do abuso emocional, crianças portadoras da Síndrome, frequentemente desenvolvem dificuldades de identidade sexual, especialmente quando elas falham em se identificar com o membro considerado seguro da relação, ou seja, o programador.

Sentimentos de culpa excessiva. Isto pode ser devido ao sentimento, no fundo ou subconsciente, de que o pai alvo foi difamado sem nada fazer de errado para merecer o tipo de tratamento dado pela criança. Quando acontece essa compreensão, especialmente quando ela está mais velha, ela começa a desenvolver sentimentos de culpa.


As crianças que são expostas a AP sofrem uma variedade, bem como de maneiras específicas, de traumas com a experiência. Os resultados podem surgir a qualquer tempo, e, muitas vezes, seus efeitos podem ser tanto temporários como duradouros em suas vidas.

Tudo isto obviamente não é a intenção do alienador, mas é o resultado dos procedimentos de alienação e programação que ele faz para que a criança mostre uma atitude negativa e um comportamento antagônico em relação ao pai alvo. Para lidar com este problema existe uma variedade de técnicas terapêuticas e são necessárias horas de trabalho e atenção para superar as dificuldades que encontram as vítimas dessa terrível Síndrome.

A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz consequências nefastas para as gerações futuras, uma vez que não se sabe com precisão os efeitos futuros.

Se o problema puder ser combatido antes de chegar ao âmbito judicial resolva sem ir ao Tribunal. A via jurídica é cara, uma vez que contratar um advogado custa caro. Além de grande parte dos advogados costumar depois de um certo tempo evitar atender seu telefone ("Aquele cara chato de novo! Diz que eu estou no Forum"). E lembre-se a Justiça costuma ser muito lenta. Procure se informar dos seus direitos nos Conselhos Tutelares, antes de tomar uma decisão.

A mediação é um outro meio para resolver problemas de Alienação Parental. Além de ser um meio mais rápido para a solução de problemas de litígio. É muito eficaz em muitos casos. E o mais importante é muito mais barato que um advogado.

Mas se o problema não restar senão a via judicial, procure um profissional da área de família para resolver seus problemas. O barato pode sair caro.

Busque sempre a informação para saber dos seus direitos.