Existem atualmente no Brasil cerca de 16 milhões de crianças que sofrem
de algum grau de Alienação Parental segundo estatísticas do Instituto
Data Folha, e o Brasil está entre os países que mais sofrem desse
problema. Mas pior que o problema que atinge nossas crianças é a desinformação.
O problema é antigo, mas a sua abordagem é relativamente recente. Você pode começar a ajudar uma criança se informando sobre o que é Alienação Parental, tal como suas consequências. Quantos dos seus amigos, parentes ou próximos conhecem sobre o assunto? Alienação do quê? Síndrome do quê? Então junte-se a nós e vamos divulgar o assunto e tentar fazer um mundo melhor para nossas crianças.
Os efeitos da SAP têm sido
relativamente pouco investigados, considerando a gravidade desses
efeitos sobre o comportamento das crianças que são vítimas da Alienação
Parental. Devemos muito ao Prof. Dr. Richard Gardner, o pioneiro nos
estudos da SAP. Quanto mais pesquisamos e estudamos esta síndrome, mais
admiramos o trabalho que o Dr. Gardner realizou nesta área.
Os Pais são os responsáveis pela
criança se tornar vítima da Síndrome, e mais em especial o genitor que
está realizando o processo de alienação. A animosidade desenvolvida
contra o outro genitor, que é qualificado de mau, perigoso, perverso,
estúpido, burro, etc., pelo alienador, denegri a imagem do pai, levando à
criança a falta de respeito e até humilhação do genitor alienado, isso
traz consequências devastadoras a saúde mental da criança e tem uma
tendência para o desenvolvimento de um comportamento psicopático. As
crianças que sofrem a Alienação Parental desenvolvem uma relação afetiva
forte com o pai amoroso e bom, que deve ser amado, enquanto o outro,
mau e insensível, deve ser odiado e temido. Todo processo de
doutrinação, odioso ou alienante é negativo a formação do caráter e a
personalidade da criança.
Vamos nos concentrar nas
consequências da vitimização que a criança sofre pelo processo de
alienação. Temos lido e ouvido muita coisa sobre abusos que as crianças
vêm sofrendo, especialmente sobre o abuso sexual. Mas, temos poucas
informações sobre o abuso emocional. A Alienação Parental é uma forma
bem comum de abuso emocional infantil, pois as crianças são usadas com a
finalidade dos pais incrementarem suas animosidades e o ódio contra o
outro cônjuge, no fim traumático de um relacionamento. Os efeitos sobre a
criança são terríveis, provocando impacto doentio sobre o emocional e
comportamental da criança.
Conseguimos localizar em casos
relatados, uma série de sintomas específicos encontrados em crianças que
sofreram dos efeitos da SAP, quando foram submetidos por um longo
período de tempo a uma lavagem cerebral ou programação contra um dos
genitores. Esses efeitos se apresentaram a curto e longo prazo. Devemos
também entender que nem todos os sintomas mencionados ocorreram em todas
as crianças que foram envolvidas em situações de Alienação Parental.
Nem todos os sintomas mencionados ocorreram em todas as crianças.
Devemos considerar também que existiram algumas diferenças nas respostas
das crianças muito jovens e das crianças mais velhas que tiveram
experiência do processo de AP. No entanto, alguns desses sintomas, sem
dúvidas, irão ocorrer em crianças envolvidas em AP, a não ser que alguma
forma de tratamento seja realizada para eliminar ou atenuar o impacto
do processo de alienação.
A raiva é uma reação comum de muitas crianças para o processo de alienação. A raiva, no entanto será expressa em direção a um alvo, como o pai alienado em geral. O fato das crianças serem forçadas a este tipo de situação causa um sofrimento considerável e frustração, a resposta, muitas vezes, é expressa por um comportamento agressivo contra o pai alienado, a fim de agradar o programador, e/ou outras pessoas.
Perda ou a falta de controle dos
impulsos na conduta. Crianças que sofrem de SAP não são apenas
agressivas, mas também, muitas vezes, desenvolvem um comportamento
delinquente. Há evidências consideráveis de que a presença e a
influência do pai podem prevenir e aliviar a possibilidade da
delinquência, especialmente em meninos.
Perda da autoconfiança e da
autoestima. Perder um dos pais através do processo de programação pode
produzir uma falta de autoconfiança e autoestima. No caso dos meninos a
identificação com uma figura masculina foi reduzida, quando o genitor
alienado era o pai.
Apego e ansiedade da separação.
Crianças, especialmente as muito jovens, que foram programadas para
odiar e/ou desdenhar um dos pais, tendem a se apegar e ficar dependentes
do pai que levou a cabo a programação. Há uma considerável ansiedade
induzida pelo pai programador contra o pai alvo, incluindo ameaças de
que o pai alvo iria realizar um grande número de diferentes ações
negativas ou violentas contra a criança, assim como, em alguns casos,
também contra o pai programador.
Desenvolver medos e fobias.
Muitas crianças temem ser abandonadas ou rejeitadas, pois como elas
foram induzidas a sentir que um dos parceiros em um relacionamento,
geralmente o pai, não é desejável, elas temem que também possam ser
descartadas. Às vezes isso resulta em fobia escolar, que é o medo de
frequentar a escola, principalmente devido ao medo de deixar o pai, que
alega ser o único parceiro benéfico na relação formal. Algumas crianças
sofrem de distúrbios hipocondríacos e tendem a desenvolver sintomas
psicológicos e doenças físicas. Essas crianças também temem o que vai
acontecer no futuro e, sobretudo há um medo que o pai programador, único
que alegadamente é o "bom pai", possa morrer e deixar a criança
destituída de qualquer apoio e/ou proteção.
Depressão e idealização suicida.
Algumas crianças ficam tão descontentes com a trágica ruptura da relação
e ainda são confrontadas com a animosidade entre o pai programador e o
pai alvo, que isto as leva a ambivalência, incerteza e, por vezes, as
tentativas de suicídio, isso ocorre devido à infelicidade que a criança
sente, provocada pelos dois principais adultos de sua vida.
Distúrbios do sono é outro
sintoma que acompanha a situação de alienação parental. As crianças
frequentemente têm sonhos aterradores e pesadelos, além de muitas vezes
terem dificuldade para dormir, devido às suas preocupações sobre o
perigo que representa o genitor alienado e/ou a culpa, que elas podem
sentir, da sua participação no processo de alienação.
Transtornos alimentares. Uma
variedade de distúrbios alimentares tem sido observada em crianças que
estão sofrendo da síndrome da alienação parental. Isto inclui a anorexia
nervosa, obesidade e bulimia.
Problemas educacionais. Crianças
que estão sofrendo a pressão de ter que rejeitar um pai, através de uma
lavagem cerebral, frequentemente sofre de disfunções escolares. Elas
podem se tornar problemáticas, assim como agressivas dentro do sistema
escolar.
A enurese e encoprese são
involuntárias e nesse caso são a expressão desse transtorno emocional.
Um número de crianças muito jovens, devido à pressão e as frustrações em
torno delas, sofrem de enurese e encoprese. Esta é uma resposta à
perturbação psicológica de perder um dos pais e/ou de encontrar um pai
hostil ao pai rejeitado.
O uso de drogas e um
comportamento autodestrutivo frequentemente estão presentes em crianças
que são vítimas da Síndrome da Alienação Parental. Esta tendência é
devido a uma necessidade e o desejo de escapar aos sofrimentos do abuso
emocional que sofreram com a alienação parental. No extremo do
comportamento autodestrutivo elas podem desenvolver tendências suicidas.
Comportamento obsessivo
compulsivo. Esta reação psicológica é frequentemente presente em
crianças portadoras da SAP. Essas crianças procuram encontrar segurança
em seu ambiente através da adoção de uma variedade de padrões de
comportamento obsessivos compulsivos.
Ataques de ansiedade e de pânico
também estão frequentemente presentes em crianças que foram vítimas de
processos de AP. Isso pode ser refletido através de distúrbios
psicossomáticos como pesadelos, úlceras pépticas, crises de hemorroidas,
distúrbios da pressão arterial e outras disfunções orgânicas.
Problemas de identidade sexual.
Como resultado do abuso emocional, crianças portadoras da Síndrome,
frequentemente desenvolvem dificuldades de identidade sexual,
especialmente quando elas falham em se identificar com o membro
considerado seguro da relação, ou seja, o programador.
Sentimentos de culpa excessiva.
Isto pode ser devido ao sentimento, no fundo ou subconsciente, de que o
pai alvo foi difamado sem nada fazer de errado para merecer o tipo de
tratamento dado pela criança. Quando acontece essa compreensão,
especialmente quando ela está mais velha, ela começa a desenvolver
sentimentos de culpa.
As crianças que são expostas a AP sofrem uma variedade, bem como de maneiras específicas, de traumas com a experiência. Os resultados podem surgir a qualquer tempo, e, muitas vezes, seus efeitos podem ser tanto temporários como duradouros em suas vidas.
Tudo isto obviamente não é a
intenção do alienador, mas é o resultado dos procedimentos de alienação e
programação que ele faz para que a criança mostre uma atitude negativa e
um comportamento antagônico em relação ao pai alvo. Para lidar com este
problema existe uma variedade de técnicas terapêuticas e são
necessárias horas de trabalho e atenção para superar as dificuldades que
encontram as vítimas dessa terrível Síndrome.
A Alienação Parental não é um problema somente dos genitores separados. É um problema social, que, silenciosamente, traz consequências nefastas para as gerações futuras, uma vez que não se sabe com precisão os efeitos futuros.
Se o problema puder ser combatido antes de chegar ao âmbito judicial resolva sem ir ao Tribunal. A via jurídica é cara, uma vez que contratar um advogado custa caro. Além de grande parte dos advogados costumar depois de um certo tempo evitar atender seu telefone ("Aquele cara chato de novo! Diz que eu estou no Forum"). E lembre-se a Justiça costuma ser muito lenta. Procure se informar dos seus direitos nos Conselhos Tutelares, antes de tomar uma decisão.
A mediação é um outro meio para resolver problemas de Alienação Parental. Além de ser um meio mais rápido para a solução de problemas de litígio. É muito eficaz em muitos casos. E o mais importante é muito mais barato que um advogado.
Mas se o problema não restar senão a via judicial, procure um profissional da área de família para resolver seus problemas. O barato pode sair caro.
Busque sempre a informação para saber dos seus direitos.
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