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domingo, 26 de agosto de 2012

Caminhada do Folclore ou Cultura Popular de Resistência?

“A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível”. (M. Foucault)


Como um dos resquícios das manifestações genuínamente populares ainda não tomadas completamente pelo "apetite voraz" do capital, como diria o professor Milton Santos, em um domingo muito ensolarado aconteceu mais uma vez hoje pela manhã a "Caminhada do Folclore" aqui em Feira de Santana.

Várias instituições, associações, fanfarras, grupos de capoeira, samba de roda, samba de quixabeira etc desfilaram e confesso que já houveram melhores caminhadas. Achei a deste ano muito fraca, sem graça e ainda contaminada, como não poderia deixar de ser, pela presença de políticos pleiteando votos para as próximas eleições. 

A Caminhada do Folclore não deixa de ser, no entanto, uma manifestação de cultura popular de resistência, das tradições e práticas corporais de diversas comunidades que ao se expressarem ao seu modo e de forma espontãnea, reverenciam sua ancestralidade, que é a nossa ancestralidade. Dessa forma, eventos como esses possuem em sí o poder intríseco de, nada mais nada menos, ratificarem nossa existência seja enquanto sujeitos sociais, seja enquanto sujeitos históricos, seja no estabelecimento de um referencial contido nas relações entre a cultura, a comunidade, a cidade e o seu povo.

Em um modelo de sociedade globalizada que nos apresenta um viés excludente, tais manifestações nos "acotovela" e nos chama à reflexão com o passado,  propondo rupturas e, ao propor rupturas, estabelece o contraponto, na tentativa de visibilidade nesta mesma sociedade onde prevalece o poder do mercado, da mídia, do capital, da exploração do homem pelo homem e como diria foucault, da "invisibilidade do vísível".











quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sobre os portadores de deficiencia física - Inclusão


As desigualdades de oportunidades têm sido observadas em todas as áreas do social humano. Integrar e incluir pessoas com necessidades especiais têm sido objeto tem sido objeto principal de diversos profissionais de Educação Física e áreas afins muito embora seja corrente no meio acadêmico que as escolas em sua maioria não estão preparadas para lidar com a questão dos portadores de deficiência física. Há de se levar em conta também todo um estigma envolto no tema e nos seus sujeitos sociais ao longo da história. 
O ICIDH (Internacional Classification of Impairments disabilities, and handicaps) é amplamente utilizado e internacionalmente aceito como conceito mais aprofundado de deficiência física tendo como seus princípios uma escala hierárquica de dependência sobre a causa efeito da mesma. Tem como princípios deste conceito a deficiência, a incapacidade e a desvantagem. O Estado brasileiro através do Decreto 3.298 de 20 de dezembro de 1999 entre outras coisas conceitua que para se caracterizar a deficiência física a mesma “deve apresentar alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física”.
Neste sentido podemos dividir os deficientes físicos em dois grandes grupos: deficiências físicas adquiridas e deficiências físicas congênitas. As deficiências adquiridas podem ter origem em traumatismo crânio-encefálico, armas de fogo, quedas amputações, acidentes vasculares cerebrais, tumores, anóxias. As deficiências físicas congênitas são aquelas onde existem a má formação congênita, doenças genéticas, miopatias e neuropatias hereditárias. 

Muito dos esportes competitivos disponíveis para pessoas com deficiências tem suas origens na primeira e segunda Guerra Mundiais quando ex-soldados alemães com seqüelas se reúnem para praticar esportes. Atualmente diversos fatores influenciam para a inclusão e o desenvolvimento do desporto para pessoas com deficiência como os avanços tecnológicos da medicina no trato com lesões e doenças e a necessidade de reabilitar e de  melhorar a qualidade de vida e de acessibilidade.
Dessa forma atualmente a acessibilidade de portadores de necessidades especiais no ambiente de trabalho assim como nos espaços educacionais se faz de fundamental importância para vida do portador de necessidades especiais. Quanto a ocupação deste dos espaços e atividades esportivas há que se levar em consideração alguns critérios de adaptação, a saber, o espaço, o material, as regras, as habilidades bem como da atitude colaborativa por parte dos aprendizes ou alunos.
Como resultado da evolução da pratica esportiva de esportes por parte dos portadores de deficiência física podemos descrever as diversas classificações e modalidades dos esportes paraolímpicos levando-s em consideração a classificação no âmbito da funcionalidade. Convém destacar que o Brasil têm se destacado bastante nos esportes paraolímpicos o que pode representar um salto qualitativo no que se refere a diminuição do preconceito da sociedade com relação aos portadores de deficiência física.