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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Obesidade infantil cresceu 30%, diz OMS (e a culpa não é da Educação Física)

 
Fonte: Tribuna Feirense

Para muitas culturas, crianças gordinha é sinal de saudável.Pais obesos têm menor percepção sobre o problema nos filhos
A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou na semana passada que o número de crianças obesas, com menos de cinco anos de idade, saltou de 31 milhões em 1990 para 41 milhões em 2014, um crescimento de 30%. Segundo o relatório desta organização, as causas do crescimento vertiginoso da obesidade infantil estão diretamente relacionadas à adoção de um modelo alimentar que privilegia a alimentação desbalanceada, alto consumo de produtos processados consequentes de hábitos e estilo de vida, por conta da crescente concentração populacional nos centros urbanos - distantes das áreas de produção de alimentos - e da industrialização, que persegue a economia de escala. Além disso, fatores biológicos, menor atividade física nas escolas e à desregulamentação do mercado de alimentos contribuem para esse aumento.
 
Ainda segundo o documento, os países em desenvolvimento têm os piores indicadores. “A criança deve começar, desde a mais tenra idade, a ter hábitos alimentares saudáveis e, neste sentido, as autoridades da saúde devem determinar a adoção de políticas nutricionais, predominantemente nas redes de ensino pública e privada, tornando jovens estudantes, agentes das melhores práticas alimentares, inclusive como referência para familiares adultos”, destaca Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos.

“Alimentos in natura devem ter preferência no cardápio de qualquer família independentemente da idade de cada um dos seus membros”, afirma o médico. Segundo ele, eles devem abranger até 70% da dieta diária de cada pessoa.

O sedentarismo é outra característica das novas gerações. O médico da ePharma destaca a crescente substituição de atividades físicas pela utilização de equipamentos tecnológicos e “games”. “É preciso reverter urgentemente esse hábito. A dominância deste perverso binômio: sedentarismo/má alimentação projeta futuras gerações com substancial prevalência de pessoas com problemas cardiovasculares, entre tantos outros vinculados diretamente à obesidade”, explica o especialista.
Em resumo, as dicas são muito simples. “Reduzir a ingestão de alimentos processados, aumentar o consumo de produtos in natura e praticar atividades físicas. Pequenas mudanças trazem resultados ao longo dos anos”, pontua Dr. Pedro Oliveira.