quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fundamentos da Inclusão através da Educação - Possibilidades latentes!




Falar de inclusão e em particular de inclusão de portadores de necessidades especiais é um tabu muito grande. 

Podemos estabelecer uma série de questões onde esta inclusão não existe ou, onde ela poderia existir, mas têm seu espaço ocupado pelo imenso preconceito e ignorância da maioria das pessoas no que diz respeito a deficiência física. De que forma propor as chamadas transformações tão necessárias para que a inclusão aconteça nesse modelo de sociedade capitalista que é extremamente egoísta e excludente em seu seio originário e  se irradia nas instituições. 

Como propôr mudanças radicais em nossa forma de organização social e escolar? É certo e estou de acordo de que essas mudanças estão relacionadas com uma nova visão de homem, mundo, sociedade e educação onde o respeito às diferenças ultrapasse o discurso e as políticas governamentais e se materialize em nossas diferentes formas de produção e relações sociais. No entanto, mas que unicamente ser o discurso de políticas governamentais, o discurso na perspectiva da inclusão deve englobar antes de qualquer coisa uma política de Estado onde, sob a obediência do que já existe na constituição brasileira, prevalecesse o cumprimento das leis e o respeito à pessoa humana, ao seu direito de ir e vir, a sua liberdade.

A sociedade não respeita o deficiente físico ou o portador de necessidades especiais.  Não como deveria. Não existem políticas públicas assertivas, pelo menos em sua maioria, que garantam ao portador de necessidades especiais o direito e o respeito do qual o mesmo é digno enquanto sujeito, cidadão, pessoa humana. Vejam as arquiteturas dos prédios. Os espaços e materiais escolares. As rampas que inexistem em muitos lugares, lojas, vias e calçadas. Sistemas de transportes então?

 De todos os temas abordados posso dizer que estabelecer os fundamentos da inclusão dentro do entendimento das pessoas requer paciência e disposição em estabelecer paradoxos, de derrubar paradigmas.

Urge a necessidade de trazermos de volta valores humanos fundamentais sob o risco de nos perdermos de nos mesmos sob o lodaçal do egoísmo, do orgulho, da luta desenfreada pelo poder e pelo dinheiro, status etc. O respeito, a ética, a honestidade (nesse caso, com a coisa publica) as políticas publicas sendo representadas por projetos de parlamentares eleitos pelo voto direto e de maneira democrática afim de que nós possamos nos sentir verdadeiramente representados, sem desvios de verba, sem falcatruas, sem beneficiamentos de uns em detrimentos de outros, sem licitações forjadas etc.  

Mas,como sempre,a palavra é a mudança, que se dá de forma lenta é verdade, mas precisamos começar, de alguma forma, em algum momento, mudar e propor rupturas!

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