Projeto de reajuste de salário dos professores ainda não foi enviado à Alba
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O
projeto de reajuste do salário dos professores estaduais, oferecido
pelo governo desde o fim da greve da categoria, em agosto, segue sem
previsão de quando será enviado para a Assembleia Legislativa do Estado
da Bahia (Alba). O presidente da Casa, Marcelo Nilo, informou que a
administração estadual ainda não enviou a proposta para que seja
apreciada pelos parlamentares. "Está na Governadoria. Ainda não chegou. É
um problema mais do governo", avaliou, em conversa com o Bahia
Notícias. Conforme a assessoria da Secretaria de Administração Estadual
(Saeb), responsável pela relação junto aos servidores, a proposta de
reajuste não chegou ao Legislativo porque continua em discussão por
solicitação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da
Bahia (APLB). O presidente sindical, Rui Oliveira, confirmou as
conversas. "Ainda estamos negociando", disse. Por outro lado, o diretor
de imprensa da APLB, Nivaldino Félix, afirmou que as negociações que
seguem com o governo não são sobre ganho salarial. “O governo disse que
não negocia, mas claro que a gente espera que aprove a nossa proposta do
acordo de [aumento de] 22,22%”, considerou. A proposta governista é de
promoção por meio de curso, com ganho de 7%, em novembro deste ano e em
março de 2013. “As conversas que seguem são sobre demandas úteis
incluídas na pauta na categoria, como o plano licença prêmio, a questão
dos readaptados que não podem mais estar em sala de aula, a
aposentadoria, o calendário escolar, a realização de concurso público e a
liberação dos que vão fazer mestrado e doutorado”, explica o diretor.
De acordo com Félix, durante a manhã e à tarde desta terça-feira (6),
serão realizadas novas reuniões com a Saeb para tratar dos assuntos. O
líder da oposição na Assembleia Legislativa, Paulo Azi (DEM) acredita
que o projeto de acréscimo ainda não seguiu para a Alba por entrave da
administração. “[A votação do] projeto vai causar um aumento do
desconforto dos professores em relação ao governo. Não sei se eles estão
fazendo uma avaliação do desgaste que eles estão sentindo ou se eles
vão alterar os ganhos reais de 3% para 2013 e 4% para 2014, aprovados no
ano passado. Até hoje a gente não tem notícia da Secretaria Estadual de
Educação”, criticou o oposicionista. Já o líder governista, Zé Neto
(PT), havia previsto que a votação da pauta dos docentes
só ocorreria após a realização das eleições municipais. Contatado pelo
Bahia Notícias, o deputado estava em viagem de retorno a Salvador e
prometeu comentar o assunto durante esta terça-feira (6).
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