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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Zé Neto e Rui Oliveira discutem durante transmissão na Rádio Metrópole

Deputado e sindicalista divergiram sobre reajuste salarial dos professores

Zé Neto e Rui Oliveira discutem durante transmissão na Rádio Metrópole
Foto: Manuela Cavadas / Metropress (arquivo)
Mesmo após o fim da greve de 115 dias que parou a rede estadual de ensino, o governo do estado e a APLB Sindicato permanecem sem se entender a respeito do reajuste dos professores. Na manhã desta quarta-feira (28), o Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole, foi palco de uma discussão acalorada entre o coordenador geral da APLB, professor Rui Oliveira, e o deputado estadual Zé Neto (PT).

A polêmica começou quando o parlamentar, em entrevista a Mário Kertész, afirmou que não sabia por que os professores estavam protestando na Assembleia Legislativa (AL-BA), na segunda (26). Na ocasião, foi aprovado o projeto de nº 20.047/2012, que estabelece normas de promoção da carreira do magistério público do ensino fundamental e médio para os anos de 2012 e 2013.

"Eu não entendi o que a APLB queria ali [na Assembleia]. Nós tivemos uma greve, porque fizemos um acordo no dia 11 de novembro [de 2011] e depois, no dia 24, fizemos um projeto de lei e aprovamos esse projeto de lei em cima do que tinha escrito nesse acordo. Naquele dia 24 de novembro, eu me lembro, estava tudo tão bem. Fechamos o ano, todo mundo feliz, Rui Oliveira com os dentes nas costas, tudo bem. Em dezembro, foi festa com a gente, eu fui aplaudido de pé, tudo certo. Em fevereiro, muda o jogo: os professores, através da APLB, dizem que não querem mais saber daquele outro projeto", relatou.

Zé Neto, que é líder do governo na AL-BA, ainda afirmou que a administração estadual errou na condução da greve, mas afirmou que este é "o maior aumento da história da vida" dos professores na Bahia, em seis anos. "Tem noção do que é isso? Paulo Souto, da turma do DEM que faz um barulho danado por aí, em oito anos deu 6,4%, mas é oposição, então temos que respeitar", afirmou.

Em resposta ao parlamentar, Oliveira afirmou que não estava entendendo as declarações de Zé Neto e afirmou que, se fosse tudo verdade, não haveria motivos para as reivindicações da categoria.

"Tem uma coisa errada: se ele está certo, a categoria toda está errada. Eu acho que as pessoas devem ter bom senso de saber e ter a humildade de reconhecer que errou. Prepotência e arrogância não levam a lugar nenhum. A humildade faz eu repetir que eu errei e soube recuperar. Então, primeiro o acordo com o governo do estado foi feito em 11 de novembro de 2011. Zé Neto não estava presente. Estavam presentes o secretário da educação e de relações institucionais", rebateu.

Para finalizar a discussão, Rui disse que como o novo projeto não contempla todos os docentes, o sindicato irá recorrer junto à Justiça para solicitar a revogação da lei, que será sancionada nesta quarta (28) pelo governador Jaques Wagner. Os professores prometem realizar uma paralisação, dia 13 de dezembro, mas em protesto à aprovação do projeto que prevê curso de capacitação aos docentes.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação


Estudantes | Foto: PA
Brasil ficou em penúltimo lugar em ranking global que mede qualidade de sistemas educacionais

O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.

A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.
Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

Ranking Pearson-EIU


  1. Finlândia
  2. Coreia do Sul
  3. Hong Kong
  4. Japão
  5. Cingapura
  6. Grã-Bretanha
  7. Holanda
  8. Nova Zelândia
  9. Suíça
  10. Canadá
  11. Irlanda
  12. Dinamarca
  13. Austrália
  14. Polônia
  15. Alemanha
  16. Bélgica
  17. Estados Unidos
  18. Hungria
  19. Eslováquia
  20. Rússia
  21. Suécia
  22. República Tcheca
  23. Áustria
  24. Itália
  25. França
  26. Noruega
  27. Portugal
  28. Espanha
  29. Israel
  30. Bulgária
  31. Grécia
  32. Romênia
  33. Chile
  34. Turquia
  35. Argentina
  36. Colômbia
  37. Tailândia
  38. México
  39. Brasil
  40. Indonésia
Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.

Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.

Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.

"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos".

No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.

Cultura e impactos econômicos

Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.

O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.

Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".

Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.

Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.

Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.

Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.

Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.

domingo, 11 de novembro de 2012

Governo ainda não enviou o projeto do reajuste salarial para a Assembleia Legislativa



Projeto de reajuste de salário dos professores ainda não foi enviado à Alba


Projeto de reajuste de salário dos professores ainda não foi enviado à Alba
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O projeto de reajuste do salário dos professores estaduais, oferecido pelo governo desde o fim da greve da categoria, em agosto, segue sem previsão de quando será enviado para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba). O presidente da Casa, Marcelo Nilo, informou que a administração estadual ainda não enviou a proposta para que seja apreciada pelos parlamentares. "Está na Governadoria. Ainda não chegou. É um problema mais do governo", avaliou, em conversa com o Bahia Notícias. Conforme a assessoria da Secretaria de Administração Estadual (Saeb), responsável pela relação junto aos servidores, a proposta de reajuste não chegou ao Legislativo porque continua em discussão por solicitação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). O presidente sindical, Rui Oliveira, confirmou as conversas. "Ainda estamos negociando", disse. Por outro lado, o diretor de imprensa da APLB, Nivaldino Félix, afirmou que as negociações que seguem com o governo não são sobre ganho salarial. “O governo disse que não negocia, mas claro que a gente espera que aprove a nossa proposta do acordo de [aumento de] 22,22%”, considerou. A proposta governista é de promoção por meio de curso, com ganho de 7%, em novembro deste ano e em março de 2013. “As conversas que seguem são sobre demandas úteis incluídas na pauta na categoria, como o plano licença prêmio, a questão dos readaptados que não podem mais estar em sala de aula, a aposentadoria, o calendário escolar, a realização de concurso público e a liberação dos que vão fazer mestrado e doutorado”, explica o diretor. De acordo com Félix, durante a manhã e à tarde desta terça-feira (6), serão realizadas novas reuniões com a Saeb para tratar dos assuntos. O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Paulo Azi (DEM) acredita que o projeto de acréscimo ainda não seguiu para a Alba por entrave da administração. “[A votação do] projeto vai causar um aumento do desconforto dos professores em relação ao governo. Não sei se eles estão fazendo uma avaliação do desgaste que eles estão sentindo ou se eles vão alterar os ganhos reais de 3% para 2013 e 4% para 2014, aprovados no ano passado. Até hoje a gente não tem notícia da Secretaria Estadual de Educação”, criticou o oposicionista. Já o líder governista, Zé Neto (PT), havia previsto que a votação da pauta dos docentes só ocorreria após a realização das eleições municipais. Contatado pelo Bahia Notícias, o deputado estava em viagem de retorno a Salvador e prometeu comentar o assunto durante esta terça-feira (6).