A
Justiça gaúcha decretou no dia 1º de março a prisão preventiva dos quatro
suspeitos de envolvimento no incêndio da Boate Kiss. Os
sócios-proprietários do estabelecimento, Elissandro Callegaro Spohr e
Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira,
Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, são
investigados pela Polícia Civil pela morte de 239 pessoas no dia 27 de
janeiro.
Ao
analisar o pedido, o Juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses
Louzada, ressaltou que o acontecimento gerou comoção mundial e motivou
uma série de mudanças quanto à estrutura de casas noturnas e locais de
concentração de pessoas no país. Para Louzada, há seguros elementos da
existência de crime.
Com
a decisão de Louzada, foi revogado a prisão temporária dos envolvidos.
Dessa forma, não há mais prazo constitucional para que os quatro
suspeitos deixem a prisão. A medida também dá à Polícia Civil mais dez
dias para conclusão do inquérito sobre o incêndio.
O
advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, disse à
Agência Brasil que a defesa, até o momento, não obteve acesso à íntegra
da decisão. Sobre um possível perdido de habeas corpus para o
seu cliente, Marques declarou que ainda vai analisar o assunto. “Ainda
vamos decidir, mas acredito que não vamos pedir [o habeas corpus]. Desde o início, a maior intenção é colaborar com as investigações”, disse.
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