domingo, 6 de abril de 2014

Professores do estado prometem acionar a justiça contra sindicato


Grupo acusa a APLB de favorecer os interesses do governo estadual em detrimento da categoria



Por do intermédio do vice-presidente estadual do Democratas, Heraldo Rocha, um grupo de professores organizados e liderados pela professora Sandra Borges entrou em contato com este Política Livre para repudiar o acordo feito na última quinta-feira (03) entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado da Bahia – APLB e o governo estadual, que assegurou, segundo o governo, 14% de ganho real à categoria divido em três pagamentos desiguais (3,7% em julho de 2014, 5,15% em junho de 2015 e 5,15% em junho de 2016). Para Sandra Borges, o sindicato firmou esse acordo sem o aval dos professores. “Não nos consultaram. Aliás, desde 2013 não temos assembleias. Ficamos sabendo através da imprensa. Eles estão defendendo os interesses do governo, já que a diretoria é filiada a um partido pertencente à base alida [PC do B], e desprezando a categoria. Basta ver a garra que eles dedicam à luta dos professores municipais e comparar com a nossa”, afirmou. Ainda segundo ela, o mesmo sindicato foi o responsável por convencer os professores a encerrarem a longa greve de 2012, garantindo acordos contemplativos. “Ganhamos apenas 6% de aumento, junto com os outros servidores, e fomos obrigados a fazer um curso de progressão para ganhar mais dois aumentos de 7,5%. Mas e os aposentados e professores em licença médica que não puderam fazer o curso? O “benefício” ficou somente aos que estavam de sala aula”, explicou. Para o ex-deputado Heraldo Rocha, a atitude da APLB é uma vergonha. “É um absurdo, um verdadeiro calote contra os professores. Eles já não contam com o governo e agora não podem contar ao menos com o próprio sindicato. O jeito será se apegar a propaganda”, disparou. Sandra Borges prometeu que o grupo de professores fará uma assembleia no próximo dia 16 na quadra do Sindicato dos Bancários e ameaçou: “Buscaremos meios judiciais para reverter o acordo já firmado e estamos pensando em promover desfiliação em massa visando a criação de uma nova associação que lute, de fato, pelas nossas perdas salariais”.

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