terça-feira, 6 de outubro de 2020

O consumo enquanto produto do fetiche da sociedade pós moderna!

Há muitos anos eu li um livro ( ainda na minha fase marxista na universidade) do professor Newton Duarte onde o mesmo afirma um pensamento do filósofo Agnes Heller que as sociedades antigas (ou tribais ou rudimentares, se preferir) eram motivadas pelo instinto de grupo e de acordo com as demandas e necessidades da tribo. Assim, se surgisse por exemplo um novo casal na tribo, todos se uniam e criavam uma oca (ou taba) nova a fim de abrigar esse novo casal ou família. Não tinham o fetiche pelo consumo. O que motivava o "consumo" era a demanda e a necessidade (por espaço, por comida etc.). É apenas na sociedade (ou nas sociedades mais organizadas, modernas,  que surge a imagem do "fetiche", do valor e desejo abstrato dado a algo ou objeto de desejo. A exemplo disso são as sociedades modernas e sua relação com a tecnologia por exemplo, fruto do fetiche imposto pelo capitalismo, onde você possui um Xbox360 mas em 6 meses a Sony lança um Xbox One 3x mais caro por exemplo...e 3 meses depois lança o Xbox X por 4 vezes mais caro do valor do Xbox One por exemplo. 

 

Troque o nome "Xbox" por "Iphone" I, II, IV, VIII e o resultado será o mesmo. Daí derivam uma série de coisas que poderíamos colocar aqui mas não vem ao caso. 

 

O importante é saber dar valor as coisas, saber que o desenvolvimento humano e da sociedade é um fato, tudo bem. O que precisamos saber é o que realmente precisamos ou não. 

 

Será que precisamos muito do que ansiamos?

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