
Há
muitos anos eu li um livro ( ainda na minha fase marxista na
universidade) do professor Newton Duarte onde o mesmo afirma um
pensamento do filósofo Agnes Heller que as sociedades antigas (ou
tribais ou rudimentares, se preferir) eram motivadas pelo instinto de
grupo e de acordo com as demandas e necessidades da tribo. Assim, se
surgisse por exemplo um novo casal na tribo, todos se uniam e criavam
uma oca (ou taba) nova a fim de abrigar esse novo casal ou família. Não tinham o fetiche pelo consumo. O
que motivava o "consumo" era a demanda e a necessidade (por espaço, por comida etc.). É
apenas na sociedade (ou nas sociedades mais organizadas, modernas, que surge a imagem do "fetiche", do valor e
desejo abstrato dado a algo ou objeto de desejo. A exemplo disso são as
sociedades modernas e sua relação com a tecnologia por exemplo, fruto
do fetiche imposto pelo capitalismo, onde você possui um Xbox360 mas em 6
meses a Sony lança um Xbox One 3x mais caro por exemplo...e 3 meses
depois lança o Xbox X por 4 vezes mais caro do valor do Xbox One por
exemplo.
Troque o nome "Xbox" por "Iphone" I, II, IV, VIII e o
resultado será o mesmo. Daí derivam uma série de coisas que poderíamos
colocar aqui mas não vem ao caso.
O importante é saber dar valor as
coisas, saber que o desenvolvimento humano e da sociedade é um fato,
tudo bem. O que precisamos saber é o que realmente precisamos ou não.
Será que precisamos muito do que ansiamos?
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